PEQUIM – O vice-ministro do Comércio chinês, Wang Shouwen, disse ao seu colega americano em 7 de setembro que uma China moderna era uma “oportunidade” econômica, não uma “ameaça” para os Estados Unidos, disse o ministério.

O comércio é uma das muitas áreas de atrito entre as duas principais potências do mundo, juntamente com a rivalidade em tecnologia e as tensões no Mar da China Meridional e em Taiwan.

O Sr. Wang se encontrou com a subsecretária de Comércio Internacional dos EUA, Marisa Lago, na cidade portuária de Tianjin, no norte do país – o segundo encontro em 2024 entre as duas autoridades.

Eles mantiveram discussões “profissionais, racionais e pragmáticas” sobre questões políticas e comerciais, levantadas em particular pelas comunidades empresariais dos dois países, disse o Ministério do Comércio, em um comunicado.

O Sr. Wang expressou as preocupações da China sobre as inúmeras taxas alfandegárias e sanções dos EUA contra empresas ou produtos chineses.

Ele também enfatizou que Pequim se opõe às restrições impostas pelos Estados Unidos ao comércio e ao investimento “sob o pretexto da sobrecapacidade chinesa”.

“Uma China moderna com uma grande população representa uma oportunidade, não uma ameaça para os Estados Unidos”, disse Wang ao seu homólogo americano, de acordo com o ministério.

As empresas e os produtos chineses são alvo de inúmeras sanções ou restrições dos EUA, impostas principalmente no combate à concorrência desleal ou no interesse da segurança nacional.

Washington anunciou em 5 de setembro um novo reforço nos controles sobre exportações de tecnologias avançadas, em uma medida que tem como alvo o gigante asiático, entre outros.

Em maio, os EUA também anunciaram a quadruplicação de taxas alfandegárias sobre veículos elétricos chineses importados.

Apesar do atrito comercial e diplomático, os dois lados começaram a preparar um possível telefonema nas próximas semanas entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o líder chinês, Xi Jinping, segundo a Casa Branca. AFP

Source link