Mais de 460 mil candidatos disputam a escolha dos eleitores em 5,5 mil municípios do Brasil. Confira os horários de votação, relembre o que foi proibido neste domingo e como foi a campanha. Neste domingo (6), mais de 155 milhões de eleitores podem votar para eleger candidatos aos cargos de vereador, prefeito e vice-prefeito em cerca de 5,5 mil municípios do Brasil. Esta é a primeira fase das eleições municipais. Este relatório fornecerá um guia sobre o que os eleitores precisam saber: O que é permitido e o que é proibido no dia das eleições? Qual é o horário de votação? O que é preciso para votar? Candidatos de raça e gênero não podem votar? Veja como foi o seu voto. Como foi a campanha? 👩🏽👨🏻🦱Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um total de 463 mil candidatos disputam a escolha dos eleitores. Esta é a primeira vez que a votação começará e terminará ao mesmo tempo em todas as cidades. Por exemplo: Horário oficial de Brasília, a eleição terá início às 8h e término às 17h. Em uma cidade a duas horas de distância da capital federal, a votação começa às 6h e termina às 15h. Se sua cidade estiver com fuso horário uma hora à frente de Brasília, a votação começa às 7h e termina às 16h. O sistema do TSE está pronto para a eleição deste domingo. A disputa para prefeito em 103 municípios brasileiros poderá ser estendida para um segundo turno. São cidades com mais de 200 mil eleitores registrados, onde um segundo turno eleitoral pode ser decidido caso nenhum dos candidatos alcance a maioria absoluta neste primeiro turno. Veja detalhes: 1. O dia das eleições é proibido? A Lei Eleitoral proíbe os eleitores ou candidatos de criar qualquer perturbação que perturbe o processo eleitoral, tente impedir alguém de votar ou induza o voto a um determinado candidato ou partido. Não é permitido realizar procissões, dispersar santos, usar alto-falantes, realizar comícios ou carreatas e fazer campanha para políticos e candidatos. A pena para esses crimes é de seis meses a um ano. Além disso, não é permitida a prisão ou detenção de qualquer eleitor, membro do partido que trabalha nas urnas, representante de qualquer partido ou candidato. Acompanhe a cobertura do g1 sobre as eleições municipais Outras práticas que a lei proíbe no dia do recenseamento eleitoral: ❌ Promover a concentração de eleitores, evitando votação, constrangimento ou fraude no dia das eleições. A pena é reclusão de quatro a seis anos; ❌ Aumento do preço dos bens e serviços necessários à realização das eleições, tais como alimentação dos eleitores, impressão, publicidade e distribuição de materiais eleitorais. Uma multa é uma penalidade; ❌ Ocultar, reter, monopolizar ou recusar o fornecimento de bens e alimentos no dia das eleições. Uma multa é uma penalidade; ❌ Qualquer autoridade que não seja o presidente ou o juiz eleitoral interfere no funcionamento da assembleia de voto. Pena até seis meses de prisão; ❌ Não seguir a ordem de preferência do eleitor. De acordo com a lei eleitoral, determinados grupos têm prioridade na votação, como os idosos, as mulheres grávidas e as pessoas com deficiência. Os trabalhadores eleitorais serão punidos se não obedecerem a esta ordem. A pena é multa; ❌ Vote ou tente votar diversas vezes ou no lugar de outra pessoa. Pena até três anos de prisão; ❌ Violar ou tentar violar o sigilo do voto. Como levar o celular para a cabine de votação, tentar tirar uma foto da urna ou algo parecido. Pena até dois anos de prisão; ❌ Transporte privado para grupos de eleitores. Pena de quatro a seis anos de prisão. 2. Qual é o horário de votação? ⏰Os postos de votação funcionam das 8h às 17h, horário de Brasília. Haverá alterações em alguns locais devido à diferença de horário. Confira os horários de funcionamento e fechamento das secretarias: Acre: 6h às 15h Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima: 7h às 16h Amazonas: 11 cidades, seguidas pelo Acre A votação continuará das 6h às 15h. Em outros 51, os departamentos funcionarão das 7h às 16h. Devido à votação eletrônica, o processo de contagem tende a ser relativamente rápido. Os primeiros resultados são esperados a partir das 7h, também horário de Brasília. 3. O que é necessário para votar? ✅Documento oficial com foto (veja lista de documentos aprovados abaixo); ✅ O Cartão de Eleitor não é obrigatório (entenda abaixo), mas você pode levá-lo para conferir sua sessão eleitoral; ✅Um “Recibo” – uma nota pessoal e distinta do número de candidatos em que deseja votar. Precisa ser feito no papel. ✖️Os eleitores não podem entrar no local de votação com o celular. A Justiça Eleitoral aceita os seguintes documentos (papel ou digital): e-Título (com imagem); Bilhete de identidade, bilhete de identidade social, passaporte ou outro documento de valor legal equivalente, incluindo cartão de categoria profissional reconhecida por lei; credenciais armazenadas; Carteira de Trabalho e Carteira Nacional de Habilitação; Esses documentos poderão ser aceitos mesmo que estejam desatualizados, desde que seja possível comprovar a identidade do eleitor. ✖️Certidão de nascimento e certidão de casamento não são aceitas como prova de identidade durante a votação. Quem perdeu o título de eleitor pode votar —o documento não é obrigatório. As pessoas físicas podem consultar a situação do voto na página do Tribunal Superior Eleitoral, no aplicativo e-Título ou no Cartório Eleitoral. O importante é levar documento de identificação com foto no dia da votação. 4. Não pode votar? Como justificar seu voto O eleitor que não puder votar em outubro poderá apresentar sua justificativa ao Tribunal Eleitoral no prazo de 60 dias após a eleição. Neste caso, cada turno é considerado separadamente. Ou seja, haverá prazos distintos para justificação de faltas no primeiro e segundo turnos. Quem não puder ir às urnas nos dois turnos terá que se justificar duas vezes. Para quem perder o primeiro turno, a justificativa poderá ser feita até o dia 5 de dezembro deste ano. Para quem perder o segundo turno, o prazo termina em 7 de janeiro de 2025. 5. Candidatos por raça e gênero Dos 460 mil candidatos que disputaram a eleição, 93% concorreram a vereadores, 3,3% concorreram a vagas para prefeito e 3,4% a vice-prefeitos. A maioria dos candidatos são homens, 304,3 mil (65,6%). Outras 158,9 mil mulheres (34,3%). Destes, 45.793 disputam a reeleição. O percentual de candidatos negros inscritos neste ano (somatório de pretos e pardos) é o maior das últimas três campanhas: 52,73%. 6. Como foi a campanha? Nas últimas semanas, a campanha eleitoral dominou as discussões na sociedade e nas notícias políticas. As campanhas municipais a partir de 2025 podem dar o tom para as principais tendências políticas no Brasil e qual mensagem pode ser levada para as eleições, não apenas para encontrar prefeitos e vereadores. 2026. O maior impacto da campanha foi em São Paulo, maior cidade do país e onde, um dia antes da eleição, três candidatos estavam empatados tecnicamente: Guilherme Bulos (PSOL), Pablo Marsal (PRTB) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). ). Um episódio marcou a eleição paulista: a “cadeira” do candidato José Luiz Datena (PSDB) contra Pablo Marsal (PRTB) durante debate. Outros episódios de violência eleitoral foram registrados em todo o país, o que levou a ministra Cármen Lúcia a pedir às campanhas e aos candidatos que respeitem a si mesmos e à sociedade. José Luiz Datena (PSDB) cedeu cadeira a Pablo Marsal (PRTB) após ser acusado em debate sobre cultura televisiva em São Paulo. Reprodução/TV Cultura Dado o equilíbrio de poder político, antes da eleição, a campanha refletirá, por meio dos candidatos municipais, o conflito entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Segundo a colunista Daniela Lima , isso não aconteceu. As campanhas tinham uma lógica local e refletiam o poder dos candidatos locais. Entre janeiro e setembro, o Brasil registrou 455 casos de violência contra líderes políticos. Lula optou por não participar de campanhas de aliados e investiu em viagens oficiais ao exterior nas últimas semanas. O petista argumentou que, como chefe do Planalto, “tem muito o que fazer”. Bolsonaro foi mais ativo. Ele percorreu várias plataformas em todo o país, anunciando o retorno da “vida” tradicional e promovendo carreadas ao lado de patronos políticos. Mas também não foi um nome que ofuscou os candidatos locais ou ditou temas de campanha. Em Brasília, o Congresso Nacional estava vazio enquanto os parlamentares se concentravam nas eleições nos seus próprios redutos eleitorais. Os calendários também foram alterados para evitar que parlamentares se envolvessem em projetos “polêmicos”. A política do Congresso estava praticamente parada, aguardando o cenário que se desenrolaria após as eleições municipais. Só depois dos resultados das urnas poderemos dizer qual partido é forte ou fraco. Bulos, Lula e Marta Suplici. Antirreprodutiva nacionalmente, PT e PL estão no mesmo palanque dos candidatos a prefeito em 85 cidades do país. Jair Bolsonaro participa da convenção do MDB que oficializa Ricardo Nunes como candidato a prefeito de SP TV Globo