SEUL – A Coréia do Sul deu seu primeiro passo real para legalizar tatuagens realizadas por médicos não médicos, depois de proibir a prática por mais de três décadas.
Em 20 de agosto, um subcomitê parlamentar sul-coreano aprovou o primeiro projeto de lei do país para reconhecer oficialmente a tatuagem como uma profissão jurídica fora da prática médica.
A medida poderia permitir que tatuadores treinados trabalhem legalmente sem licenças médicas, aumentando uma barreira legal de 33 anos que há muito criminalizou o ofício e o levou ao subsolo.
A tatuagem na Coréia do Sul é tecnicamente ilegal para profissionais não médicos desde a Suprema Corte, em uma decisão de 1992, definiu-a como um procedimento médico.
Desde então, apenas os médicos licenciados têm permissão para realizar tatuagens na Lei de Serviços Médicos do país.
Na prática, no entanto, milhares de artistas de tatuagens operaram no subsolo, arriscando prisão por praticar sem licença.
A Lei Tattooista proposta foi aprovada após uma revisão de nove horas pelo subcomitê de legislação de saúde e bem-estar da Assembléia Nacional.
Cerca de 60 membros da Federação de Tatuagens da Coréia, que se reuniram na Assembléia Nacional o dia todo para aguardar o resultado, aplaudiram o anúncio.
O presidente da Federação de Tatuagens da Coréia, IM Bo-Ran, disse que a organização lutou por 12 anos para encerrar o estigma social e as restrições legais que os tatuadores enfrentam. “Agora que demos o primeiro passo, continuaremos pressionando pelos estágios restantes de aprovação com uma voz unificada”, disse ela à imprensa local no local.
Permanecem mais quatro etapas legislativas.
O Comitê completo de saúde e bem -estar votará no projeto de lei em 27 de agosto.
A partir daí, deve passar por um subcomitê judicial, uma sessão plenária do Comitê Judiciário e depois a Assembléia Nacional completa. Se aprovada, exigirá a aprovação final do presidente Lee Jae Myung, que prometeu legalizar a tatuagem durante sua campanha de 2022.
Observadores dizem que a lei pode entrar em vigor já em novembro.
O projeto busca licenciar formalmente tatuadores através de um exame nacional administrado pelo governo. Os candidatos que passam receberiam licenças oficiais do Ministério da Saúde e Bem -Estar.
O objetivo, de acordo com o ministério, é gerenciar a profissão como qualquer outro serviço relacionado à saúde pública, com estrita supervisão sobre higiene e segurança.
Um rascunho da legislação unificada, obtida no início deste mês pelo dinheiro da saída local hoje, inclui várias disposições importantes: os tatuadores poderiam usar anestésicos de venda livre aprovados pelo ministério, mas seria proibido de realizar remoções de tatuagens ou usar dispositivos laser.
Essas cláusulas abordam preocupações crescentes sobre procedimentos não regulamentados, envolvendo importações ilegais de cremes anestésicos e máquinas a laser fabricados chineses, que supostamente inundaram estúdios de tatuagem particulares em todo o país.
Os tatuadores também seriam obrigados a relatar efeitos colaterais dos procedimentos, manter os padrões de higiene e participar de um programa de seguro de ajuda mútua para compensar os danos, independentemente da falha. O projeto também apresenta novas proteções legais para os denunciantes que relatam atividades ilegais sob a Lei de Proteção de Deu de Aprodutor de Interesse Público.
A Associação Médica Coreana rejeitou a legislação como prejudicial à saúde pública. “A tatuagem representa riscos sérios, e não ficaremos ociosos se essa lei avançar sob pressão de grupos de juros e sentimentos do público”, afirmou em comunicado. A rede de notícias da Coréia Herald/ Asia