CIDADE DO VATICANO – Os Museus do Vaticano revelaram no dia 15 de outubro a restauração da célebre escultura “Apolo Belvedere”, do século II, após cinco anos de trabalho.

Uma vez considerada o epítome dos ideais clássicos de beleza ocidentais, a estátua de mármore de 2,24 metros de altura mostra o deus grego da medicina e da poesia em movimento, com o braço esquerdo acabando de lançar uma flecha do arco.

Sua restauração de cerca de 260 mil euros (370.838 dólares) teve como objetivo corrigir defeitos estruturais graves detectados no final de 2019, disseram os restauradores.

Isso incluía fragilidades nas pernas e uma falta geral de equilíbrio na estrutura, disseram eles em entrevista coletiva.

Graças à introdução de uma haste de fibra de carbono fixada na parte traseira da base, o “Apolo Belvedere” foi estabilizado com sucesso e apresentado sob aplausos públicos no Museu Pio-Clementino do Vaticano.

O mais difícil foi “não tocar em nada da escultura” e evitar ter que movê-la e desmontá-la, disse à AFP o chefe da oficina de restauração, Guy Devreux.

“Encontramos este novo sistema, que é um sistema estrutural dinâmico baseado na utilização de fibra de carbono… e que, usado da forma correta, pode dar resultados extraordinários”, acrescentou.

Para a diretora dos Museus do Vaticano, Bárbara Jatta, “o principal desafio foi ter a coragem de fechar o acesso a um ícone tão importante para os nossos museus”.

Descoberto em 1489 entre as ruínas de uma antiga casa romana, o “Apollo Belvedere” foi trazido ao Vaticano pelo Papa Júlio II.

Além da haste de fibra de carbono, os restauradores também substituíram a mão esquerda da estátua por um molde retirado de um fragmento de uma cópia em gesso da estátua grega original feita na época romana.

O “Apolo Belvedere” é de facto considerado uma cópia em mármore de um bronze de cerca de 330 a.C. atribuído a Leochares, um dos principais escultores do seu tempo. AFP

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