BRASÍLIA – O presidente do Brasil reduziu a desflorestação na Amazónia e reforçou a protecção dos povos indígenas, dando ao seu país um registo ambiental amplamente positivo antes da COP30 das negociações das Nações Unidas sobre alterações climáticas, dentro de um mês.

Mas o veterano esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva está em desacordo com um poderoso lobby do agronegócio no Congresso que procura enfraquecer as leis ambientais, e o presidente enfureceu os ambientalistas com o seu apoio à expansão da exploração de petróleo.

Especialistas afirmam que suas ações foram corretas.

O homem de 79 anos retorna ao cargo após anos de desmatamento desenfreado na Amazônia sob seu antecessor, o cético em relação às mudanças climáticas, Jair Bolsonaro.

Imediatamente após a sua reeleição, recebeu uma recepção de estrela do rock na COP27 no Egipto, onde declarou “o Brasil está de volta” e prometeu proteger as florestas tropicais, que albergam milhares de milhões de árvores que absorvem carbono, um importante amortecedor contra o aquecimento global.

Ele anunciou planos de sediar a COP30 na própria Amazônia, para que os líderes mundiais possam ver em primeira mão um dos ecossistemas mais ricos da Terra.

Outra mensagem forte é

Lula eleito Ministro do Meio Ambiente

Sra. Marina Silva – Reduziu drasticamente o desmatamento durante seu primeiro mandato.

Os dois lados já brigaram por conflitos entre objetivos de desenvolvimento e proteção ambiental.

Eles começaram a reconstruir a autoridade ambiental do Brasil, e Lula também reiniciou o Fundo Amazônia, um mecanismo de financiamento internacional para proteção florestal que havia sido suspenso no governo de Bolsonaro.

Lula prometeu alcançar o desmatamento zero até 2030.

Em 2022, último ano de Bolsonaro como presidente, o desmatamento atingirá mais de 10 mil quilômetros quadrados, uma área do tamanho do Líbano.

Em 2024, esse número caiu para mais da metade, para 4.200 quilômetros quadrados.

Porém, em 2024, o Brasil foi atingido por um grande desastre.

A pior onda de incêndios florestais já registrada

. Os incêndios estão frequentemente ligados a actividades agrícolas e espalharam-se descontroladamente durante secas históricas ligadas às alterações climáticas.

Silva disse que os incêndios se tornaram uma das principais causas do desmatamento.

O ritmo da perda florestal também diminuiu em outros biomas sensíveis, como o Cerrado, uma vasta região de savana tropical no centro do Brasil.

As terras indígenas são consideradas uma importante barreira ao desmatamento na Amazônia.

No terceiro mandato, Lula criou o Ministério dos Povos Indígenas e legalizou 16 reservas indígenas, processo paralisado no governo anterior.

Marcio Astorini, da ONG Observatório do Clima, disse que a demarcação de terras indígenas é especialmente importante se um candidato cético em relação às mudanças climáticas vencer as eleições presidenciais de 2026.

“O novo governo pode desfinanciar a política climática, mas não será capaz de trazer de volta as áreas indígenas protegidas”, disse ele à AFP.

Segundo a Funay, agência estadual de assuntos indígenas, as políticas governamentais também expulsaram invasores de mais de 180 mil quilômetros quadrados de terras indígenas, uma área um pouco menor que a do Uruguai.

Nilton Tubino, coordenador de política indígena do governo federal para o estado de Roraima, no norte do Amazonas, disse à AFP que a população local “recuperou a liberdade de movimento, retomou a caça e recuperou seu território”.

O governo brasileiro também planejou o Fundo Tropical Forest Forever (TFFF), uma iniciativa global para financiar a conservação de florestas ameaçadas.

“Esta é a principal contribuição que o Brasil pretende dar à COP”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

As autoridades encaram o TFFF como um fundo com mais de 100 mil milhões de dólares (129,8 mil milhões de dólares) de capital público e privado.

Há três semanas, em discurso em Nova York à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, Lula anunciou que o Brasil investiria US$ 1 bilhão na iniciativa. AFP

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