A Justiça Federal condenou a servidora paranaense Kelly Guimarães, Superintendente Geral de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná, a dez anos de prisão por desvio de recursos públicos em contratos firmados com prefeituras de todo o estado. A decisão de Roman Borges, desembargador Guilherme da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou o servidor pelo crime de lavagem de dinheiro e peculato – quando um funcionário público se apropria ou desvia dinheiro em benefício próprio. ✅ Acompanhe o canal g1 PR no WhatsApp Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os crimes foram cometidos entre 2008 e 2014. Na época, Guimarães trabalhava em uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) que firmava contratos com dezenas de municípios paranaenses, principalmente na área de saúde. Kelly ocupa o cargo comissionado de Superintendente Geral até 2022. Nessa função, ele deve participar da elaboração e aprovação de projetos, incluindo estratégias socioambientais. Segundo o Portal da Transparência, Kelly recebe um salário bruto mensal de R$ 30.432,66. Além disso, é esposa do assessor do Tribunal de Contas do Estado Fernando Guimarães. Sua defesa recorreu da decisão e disse que não comentaria o caso. O vereador Fernando Guimarães também não quis comentar, mas classificou a decisão como “fraca”. Leia mais: Entenda: Área disputada nas Cataratas do Iguaçu pertencerá ao Paraná, decisão judicial salva por 4 mm: impacto em vidros, encostos de assentos e almofadas de carro Pose de bala perdida que quase deixou o quadrante feminino da revolução arquitetônica ao fracasso imobiliário: como funciona o primeiro esquema de ‘construção futura após duas décadas liberadas’? Segundo Kelly Guimarães, Superintendente Geral de Desenvolvimento Econômico e Social do MPF Reprodução do Paraná, os contratos foram assinados com o Instituto Confiança, de propriedade de um membro da família de Kelly. Segundo o órgão, além de Kelly, outras oito pessoas estiveram envolvidas em “fraudes em licitações, superfaturamento e apropriação indevida de superávits operacionais acumulados”. Segundo o MPF, os desvios foram feitos por meio do pagamento de despesas pessoais como planos de saúde, contas telefônicas e viagens internacionais, além de simular custos de contratação para empresas que não prestavam os serviços. A RPC contatou o Confidence Institute, mas não conseguiu contatá-lo. A entidade aparece como inativa no site da Receita Federal. Mais de R$ 1,3 milhão da Justiça Federal do Paraná Reprodução/RPC foram apresentados pelo Ministério Público como indícios de desvio e lavagem de documentos de empresas, depoimentos de testemunhas e violações de sigilo bancário e telefônico pelos réus. O órgão também citou depósitos de valores fracionados feitos em cheques, que, segundo a investigação, serviram para evitar rastreamento por agências reguladoras. Na sentença, o juiz federal detalhou que os documentos apreendidos indicavam que o Instituto Confidence havia cobrado a mais da empresa de Kelly Guimarães. Segundo os documentos, as obras realizadas entre 2010 e 2013 somaram R$ 1.313.830 – uma média de cerca de R$ 35 mil por mês. Segundo Roman Borges, os valores foram, na verdade, inculcados indevidamente pelo atual servidor. O juiz destacou ainda que a média mensal não só é superior à média do mercado, mas claramente insuficiente em relação às funções desempenhadas junto ao Instituto Confiancce, o que caracteriza superfaturamento. Em nota, o governo disse que aguarda processamento, o governo do Paraná afirmou que as informações destacadas na sentença estão desatualizadas e nada têm a ver com o trabalho atual realizado pelo servidor. A nota destaca ainda que, na decisão, o próprio juiz disse que não há chance de perder o cargo porque não existe tal vínculo, e concluiu que se trata de uma decisão de primeira instância, dizendo que o Governo do Paraná aguardará o processamento no Tribunal Superior. Vídeo: Mais vistos no G1 Paraná Leia mais notícias no G1 Paraná.

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