
Lucas López espancado até a morte em 1º de janeiro de 2019 Reprodução/Facebook O policial militar aposentado Alessandro Cardozo de Macedo foi condenado a 12 anos de prisão em 12 de janeiro de 2019 em Paul Haula, Anabit, um jovem de 23 anos, com pena liminar suspensa. Norte de Sorocaba (SP). O júri popular é realizado nesta quinta-feira (23). Lucas saiu de casa para comemorar o Ano Novo com os amigos, mas nunca mais voltou para casa. Mathews Lopes, seu irmão, contou ao G1 que três policiais patrulhavam o bairro para reprimir festas funk de rua. O jovem corria pela rua quando os agentes se aproximaram. 📲 Participe do canal g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp “Ele estava se divertindo com os amigos e correndo na rua, mas tinha um policial que estava afinal de contas com as ‘crianças’ na rua, como forma de opressão e para não estar na rua. Assista a vídeos de reminiscências que estão em alta no G1 Segundo um familiar, Lucas foi protegido e apoiado pelos moradores da região, mas não foi o suficiente. Aos moradores, o policial disse que o jovem havia roubado um carro, mas pouco depois mudou a versão para dizer que jogou uma pedra no carro. “O policial disse que havia roubado um carro, mas os vizinhos disseram que conheciam Lucas e sabiam que ele era um menino trabalhador. Logo depois, ele mudou a história e disse que jogou uma pedra no carro. Mathews afirmou ainda que, ao chegar ao local para levar o irmão ao hospital, ele e a mãe foram assediados pelo policial, que teria apontado um revólver para eles. Ele detalhou que, durante o procedimento, teve medo de ser agredido pelo agente. “Nós dois tentamos nos aproximar, mas o policial sacou a arma e disse que atiraria se chegássemos perto. Minha mãe, no instinto de ajudar o filho, chegou a acertar o revólver do policial, avançou e começou a discutir com ele. Declaração dos oficiais tentou refutar. Sua família o resgatou e o levou ao hospital, mas ele sucumbiu aos ferimentos. “Durante a discussão, Lucas tentou mexer o dedo com a intenção de dizer que não e a polícia se recusou a ajudá-lo mesmo no estado em que se encontrava. Ele ficou inconsciente por cerca de meia hora, quando lhe ordenaram ‘tirá-lo daqui’”, disse ela. “Coloquei meu irmão no carro e dirigi com uma mão no volante e a outra tentei fazer massagem cardíaca nele, mas ele não conseguia respirar e cuspia muito. No PA, ele perdeu o pulso, mas foi reanimado, intubado e levado para a UTI. Ao G1, um amigo da família disse que Lucas estava sob efeito de álcool no momento do crime. Morte da Mãe e Dificuldade Emocional Matthews, Lucas, Israel e Cecília (em ordem) Arquivo Pessoal Lucas, Matthews e a mãe de Israel estão na linha de frente da luta por justiça desde a morte do jovem. No entanto, Cecília morreu há quatro meses e o caso do filho não foi encerrado. “Minha mãe disse a todo custo que não descansaria até ver justiça e que iria retribuir com amor tudo o que lhe foi dado com raiva. Foi uma frase que me marcou profundamente, porque o que fizeram com Lucas foi extremamente cruel”, conta. Segundo Matthews, após perder o filho, sua mãe passou a ajudar mais os necessitados e a colaborar com causas filantrópicas. Cerca de dois anos e meio após a morte de Lucas, Israel perdeu a filha devido à leucemia. “Ele era uma pessoa muito humana e sempre ajudou muito os outros, mas depois que Lucas morreu ele começou a sentir mais. Ele transformou sua dor em vitória. Abriu uma ONG para ajudar as pessoas a superar a dor do luto. Dois anos e meio depois, Israel perdeu a filha. E eu perdi meu irmão. Mesmo assim, estamos de pé e enfrentamos essa luta”, afirma. Mais perto da data do júri popular do policial acusado de assassinar Lucas, a Câmara de Sorocaba realizou audiência conjunta na sexta-feira (18). No dia seguinte, familiares realizam um culto público em homenagem ao jovem no local onde moram. Em nota enviada ao G1, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) ressaltou que a Polícia Militar não tolera má conduta de advogados e agentes. Veja mais novidades da região no g1 Sorocaba e Jundiaí


















