Dragas destruídas em campanha contra o garimpo ilegal no Amazonas O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que órgãos federais e estaduais tomem ações permanentes e coordenadas para combater o garimpo ilegal no Amazonas. Esta medida incide sobre os leitos dos rios Madeira, Zapura, Javari, Purus, Jutai e Negro. A decisão foi publicada na Diária do MPF desta terça-feira (11). Segundo o documento assinado pelo Ministério Público André Luiz Porreca Ferreira Cunha, o estado deve manter presença institucional contínua em importantes áreas florestais. O MPF afirma que o combate à mineração no estado tem sido caracterizado por atividades esporádicas e fragmentadas, o que não tem impedido a retomada das atividades ilegais. A organização destaca ainda que a falta de planeamento colectivo, além das restrições logísticas e orçamentais, compromete a eficácia da acção. “O uso coordenado das operações de descomissionamento na Amazônia permitirá uma melhor integração entre os órgãos públicos. Uma troca clara de estratégias e processos de fiscalização é essencial para combater a mineração ilegal”, afirmou o procurador. 📲 Cadastre-se no canal g1 AM no WhatsApp ➡️As medidas propostas incluem: criação de bases de fiscalização específicas em áreas estratégicas; Reforço de pessoal e recursos logísticos; Criação de Centro Integrado de Inteligência; monitoramento contínuo de rios e ar; Apresentar orçamento e planos operacionais. A recomendação é dirigida a instituições como Ibama, ICMBio, Polícia Federal, Forças Armadas, Funai, Sema, Ipaam, Polícia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros. O MPF propõe a criação de um modelo integrado de governança ambiental e segurança pública. Sobe para 98 número de dragas destruídas em operação da PF contra garimpo ilegal no Amazonas; Vídeo Dragas destruídas em operação de Boiuna contra garimpo ilegal no sul da Amazônia Divulgação/PF Leia mais Corrida pelo ouro no Brasil: como o garimpo ilegal ameaça os povos indígenas Superação do modelo de “operações de impacto”, com custos elevados e resultados temporários. A organização exige a definição de um plano conjunto, incluindo metas, cronogramas e divisão de responsabilidades entre os órgãos envolvidos. “As divisões institucionais entre agências ambientais, de segurança e de defesa criam lacunas operacionais que favorecem a expansão de redes criminosas de mineração”, diz o documento. Os advogados também recomendam a criação de uma sala de situação ou estrutura semelhante com representantes de cada organização para reuniões de planejamento bimestrais. O grupo poderá contar com o apoio de organizações como o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Segurança da Amazônia (Sensipam) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Impactos Ambientais e Sociais O MPF alerta para os impactos do garimpo ilegal, como assoreamento de rios, poluição por mercúrio, desmatamento e conflitos entre terras indígenas e comunidades tradicionais. Áreas como a Terra Indígena Valle do Javari, o Medio Jurua Racex e a Reserva Extrativista Rio Unini foram as mais afetadas. “As atividades irregulares de mineração representam uma ameaça direta à integridade física e cultural dos povos indígenas e ribeirinhos”, afirma o texto. A organização também reforça a importância de fornecer alternativas económicas sustentáveis ​​para as populações dependentes da mineração. “Não há solução permanente sem opções legítimas de geração de renda”, observou. Garimpo localizava-se no sul do Amazonas próximo ao município de Manicoré. Prazos de Divulgação/EBAMA Os órgãos de monitoramento têm 30 dias para decidir se aceitam as recomendações e enviar uma resposta por escrito com as medidas tomadas. Durante 12 meses, eles deverão enviar relatórios mensais ao MPF detalhando as medidas tomadas para coibir e prevenir o garimpo ilegal. As informações devem ser enviadas eletronicamente e de forma confidencial. O MPF alerta que a falta de resposta ou o descumprimento das recomendações pode resultar na ajuizamento de uma ação civil pública. PF realiza campanha contra garimpo ilegal no Amazonas em parceria com Funai e ICMBio

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