Robinho (esquerda) enquanto detido na PF de Santos (SP) e Tremembé (SP) em fotografia de registro Fábio Pires/TV Tribuna e Reprodução A defesa do ex-jogador Robinho apresentou pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) para revogar a pena de nove anos de prisão. Se aceito, o ex-atleta poderá progredir para o regime semiaberto, que lhe permite estudar e trabalhar durante o dia com retorno obrigatório à prisão à noite. 🔎 Crime hediondo: é aquele que causa repulsa e não é suscetível de anistia, indulto, indulto ou fiança, segundo o advogado Fabio Hypolito, ouvido pelo g1, mas nada tem a ver com o caso de Robinho. ✅ Clique aqui para acompanhar o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Robson D’Souza foi preso na cobertura em 21 de março de 2024 por crimes cometidos na Itália em 2013. Ele foi preso depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que ele deveria cumprir a pena proferida por um tribunal italiano em 2022 no Brasil. STF 5 de novembro. O processo foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República, que na última sexta-feira (14) se manifestou contra o pedido. Agora, a ministra Louise Fox deve aceitar ou não o conselho do promotor. O pedido foi enviado à reportagem na segunda-feira (17), dia em que Robinho foi transferido do P2 de Tremembé (SP), conhecido como o ‘famoso presídio’, para o centro de reabilitação de Limeira (SP). Robinho saiu da ‘notória prisão’ de Tremembé e foi transferido para uma unidade em Limeira, informam os documentos do pedido, com os advogados destacando que a pena imposta pela Justiça italiana foi um delito simples. Segundo a defesa, coube ao STJ adicionar o caráter abominável, quando simplesmente deveria ter sido decisão do país europeu aceitar ou não. A pedido do G1, o advogado Fabio Hypolito explicou que a punição para crimes hediondos começa em regime fechado. A progressão só ocorre após três quintos da pena para reincidentes e dois quintos da pena para réus primários como Robinho, equivalente a 3 anos e 7 meses. Nas infrações gerais, a progressão é possível após 1/6 da pena, o que equivale a 1 ano e 5 meses em nove anos. Assim, caso o ministro aceite o pedido da defesa e haja autorização judicial, Robinho pode ir para prisão semiaberta, pois está preso há 1 ano e 7 meses. Ainda a pedido, a defesa disse que a regra semiaberta seria mais favorável a Robinho. “Reconhece-se que cada dia passado na prisão sujeito a um regime prisional a que se teria direito representaria um dano irreparável ou mesmo de difícil reparação”, afirmaram os advogados. O g1 tentava contato com a Defesa até a última atualização desta reportagem. Robinho no P2 do Conselho Comunitário de Tremembé/Prisão Reprodutiva Primeiro, a justiça italiana tentou condenar o ex-jogador a nove anos de prisão no país europeu. Porém, o Brasil não extradita os seus cidadãos e, entretanto, Robinho viveu uma vida normal, completa com praias, futebol e churrascos. Dadas as circunstâncias, o governo italiano aprovou um pedido para prendê-lo em solo brasileiro. O tribunal especial do STJ acolheu a pretensão e decidiu condenar o ex-jogador à pena suspensa e prisão imediata no dia 20 de março de 2024. Alguns procedimentos burocráticos precisaram ser adotados e à noite isso não foi possível. Na manhã do dia 21 de março daquele ano, a presidente do STJ, Maria Theresa de Asis Moura, assinou o mandado de prisão, mas a Justiça Federal de Santos recebeu o documento por volta das 17h. No mesmo dia, por volta das 18h30, o juiz Mateus Castelo assinou o mandado de prisão contra Branco Firmino da Silva Robinho. Cerca de uma hora e meia depois, policiais federais chegaram à cobertura do prédio do ex-jogador e o levaram embora. Robinho foi levado à sede da PF em Santos e depois ao prédio da Justiça Federal para audiência de custódia. Ele foi então levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) da cidade para exame médico legista. De lá foi levado para a prisão, onde chegou de manhã cedo. Robinho Paul Ellis/AFP Vídeo: G1 Santos em 1 min


















