‘Coisas ricas’: quais são os hábitos que definem a vida dos brasileiros super-ricos? Em entrevista ao repórter Profisão, Michel explicou o conceito central da obra e revelou os segredos desse universo. Assista ao vídeo acima. “O que torna algo ‘rico’ é o poder imaginativo. Quando você vê alguém usando algo e imagina quanto dinheiro ele tem e o quão importante é tê-lo.” Como entrar no universo dos super-ricos O antropólogo Michel começou a estudar o universo dos super-ricos brasileiros em 2010. Ele teve que enfrentar alguns obstáculos para ter acesso a essas pessoas. “Comecei a tomar o ‘não’ como pista para entrar. O primeiro ponto é que percebi que eles são muito ocupados, e quem organiza a agenda são as secretárias. Então, inventei uma secretaria, fiz aulas de etiqueta e até aprendi a diferença entre um vinho branco e um vinho tinto”, conta. Michel também abordou a “diferença de classe” entre os próprios ricos. Para isso, exemplifica a história de um casal do setor financeiro, que colocou as filhas numa escola bilíngue, que, como ele explica, é um símbolo de status social. “Um dia, uma menina é convidada para uma festa de 15 anos fora do país. alguma coisa: aqui, somos pobres.” Características dos Ricos Segundo o antropólogo, três pontos unem os brasileiros ricos: “Há uma paixão enorme pelas ‘coisas ricas’ — e quando digo, estou falando de luxo, obviamente. Há também um fascínio enorme pela perda de peso: a magreza é um ponto central de diferença no Brasil, o que não surpreende terceiros. ‘Falido’ também reflete a maneira como Michel lida com a perda de status de alguns ricos: “Falido é o homem que perdeu o dinheiro, mas se agarra às coisas porque as coisas ainda lhe garantem alguma dignidade. Então, ele tem o título do iate clube, ele deixa de jantar para pagar a mensalidade, porque se ele perde ela para o iate clube, além de não ter dinheiro, então ele perdeu o dinheiro. Ostentação Os antropólogos também falam sobre o significado da ostentação para os ricos.” superioridade de classe através das coisas que você carrega. Todo mundo ostenta isso – mesmo aqueles que não parecem estar fingindo. Eles fazem isso de maneiras mais sutis, em sinais que você nem sempre percebe.” Por que tanto interesse na vida dos ricos? Michel disse que ficou surpreso com a curiosidade nacional sobre a vida do homem rico. “Isso me chocou. Como as universidades brasileiras pesquisavam muito pouco sobre os ricos, tive que recorrer à literatura estrangeira. Em qualquer livraria da França, por exemplo, há uma mesa inteira de livros criticando os mais ricos. Aqui no Brasil, imagino que também tenhamos uma visão negativa da riqueza – mas não temos. Acreditamos que um dia seremos ricos.” ‘Coisas para os ricos’: o autor revela os hábitos e paradigmas que definem a vida dos super-ricos Veja o programa na íntegra em Reprodução/TV Globo: edição de 18/11/2025 Veja as últimas reportagens do Repórter Profisão: ‘Coisas para os ricos’: quais são os hábitos que fazem o brasileiro viver

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