
INSS cancela benefícios e registra como falecido servidor aposentado que buscava pensão após falecimento de sua esposa José Cruz/Agência Brasil. Vanderlei Resende, 75 anos, descobriu o erro nos registros ao tentar pedir pensão após a morte da esposa, Maria de Fátima Rodríguez – que também se aposentou da empresa. Maria de Fátima faleceu no dia 17 de outubro deste ano. A família diz que informou imediatamente todos os órgãos competentes, inclusive INSS e instituições bancárias, e então entrou com pedido de pensão a que Vanderlei teria direito. O pedido causou mais dores de cabeça. O INSS recusou a pensão e, após recorrer, Vanderlei descobriu que houve um erro no seu próprio cadastro. ✅ Clique aqui para acompanhar o canal g1 DF no WhatsApp. O INSS pediu que Vanderleik fosse pessoalmente a uma agência para apresentar documentos sobre a pensão. No local, ao acessar o número de registro do aposentado, um funcionário constatou que, no sistema do INSS, constava que Vanderlei também faleceu no dia 17 de outubro – mesma data do falecimento de sua esposa. Ou seja: sem a pensão, Vanderlei ficou sem a aposentadoria, porque faleceu no INSS. A família afirma que desde outubro tenta corrigir o cadastro no INSS – mas, até esta sexta-feira (5), os pagamentos não foram retomados. Vanderlei Resende, Maria de Fátima Rodrigues e sua filha Dalila, Arquivo Reprodução de Imagens/Arquivo Pessoal O casal trabalhou no INSS por mais de 30 anos Maria de Fátima e Vanderlei se aposentaram após quase quatro décadas de serviço no INSS. Atua em apoio administrativo há 37 anos; Ele, há 38 anos. “Minha mãe trabalhou no INSS, em agências, atendendo segurados durante 37 anos. Ela se aposentou por tempo de serviço. Ela trabalhou em um ambiente muito estressante, atendeu inúmeras pessoas e nunca cometeu esse erro”, disse Dalila, filha do casal, ao g1. Comovida, Dalila disse que os problemas agravaram o sofrimento da família – que já tentava lidar com o luto e os problemas burocráticos da morte. Sem a pensão de Maria de Fátima e a aposentadoria de Vanderlei, a família também enfrentou dificuldades financeiras. “Eu me pergunto quantas pessoas não passam por esse erro. Não têm riqueza, não têm como pedir riqueza, não têm nada. Ficaram sem dinheiro. Estamos literalmente sem dinheiro (…) não sabemos o que fazer”, disse. A família continua recorrendo ela mesma ao INSS e, uma vez normalizados os pagamentos, terá que lutar pelo reembolso das parcelas que não foram pagas nos últimos meses. Cerca de 22 mil pessoas aguardam habilitações do INSS no DF, o que o INSS afirma na última segunda-feira (2) em resposta às famílias O INSS disse que reativou a aposentadoria na última sexta-feira, 28 de novembro. No entanto, a retomada dos pagamentos exigiu a aprovação do Ministério de Gestão e Inovação. Segundo o INSS, o que falta agora é essa aprovação formal para a aposentadoria. O instituto disse que está em contato com o ministério para agilizar o processo. Sobre o pedido de pensão por morte de María de Fátima – inicialmente negado por falta de documentação que comprove a união estável -, o órgão informou que o recurso já está tramitando e pode ser acompanhado pelo aplicativo Meu INSS. A família e o g1 questionaram o INSS sobre o motivo de Vanderlei ser listado como falecido no sistema. A empresa não respondeu às perguntas. Ao G1, ele disse apenas que identificou “uma anomalia cadastral” e que “já tomou medidas para corrigir a situação”. Leia mais: Autódromo: GDF gasta quase R$ 1 milhão em camarote luxuoso para 300 pessoas no Autódromo de Brasília Zona verde: Após GDF ‘cancelar’ projeto de estacionamento pago, políticos trocam reclamações nas redes sociais Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.


















