Papa reconhece virtudes heroicas de Maria de Lourdes Guarda Moradora de Salto (SP) foi reconhecida como venerável pelo Papa Leão XIV, um passo importante no processo de canonização para se tornar santa. Maria de Lourdes Garda nasceu em 22 de novembro de 1926 e faleceu em 5 de maio de 1996. Dedicou grande parte de sua vida à proteção de deficientes e pessoas com necessidades especiais. Confira acima uma coletânea de alguns discursos de Soltense. 📲 Participe do canal g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp. Ele passou 50 anos imobilizado em um leito do Hospital Matarazzo, em São Paulo, onde coordenou a Fraternidade dos Deficientes (FCD). Embora acamado, viajou pelo Brasil e pela América Latina, formando mais de 250 grupos fraternos. 🔎 Ser “reconhecido como Venerável” pela Igreja Católica significa que uma pessoa, já falecida, teve suas qualidades heróicas comprovadas e reconhecidas pelo Papa e indica que viveu de forma exemplar, servindo de modelo de fé e santidade. Ele pode ser considerado abençoado se um milagre for confirmado, e após um segundo milagre ser confirmado Santa Maria de Lourdes Garda Reprodução/Arquidiocese de Jundiaí Ao g1, o sobrinho de Maria de Lourdes, Geraldo Geriel Garda, contou sobre sua época de convivência com a tia. “Quando a tia Lourdes estava viva e no hospital, eu praticamente cresci no colo dela. Todos os domingos minha mãe preparava um prato de comida para ela, e eu a acompanhava, observava e conversava”, comenta. O morador de Salto ficou acamado aos 23 anos após sentir dores nas costas. Antes disso, lecionou no Colégio das Filhas de São José do Caburlotto. Em 12 de agosto de 1947, foi submetido à primeira de seis cirurgias. Porém, nada resolveu o problema da coluna. Devido a complicações, ele teve que amputar a perna direita acima do joelho. O sobrinho disse que apesar de não poder se locomover, a tia nunca parou de trabalhar. Tricotei, fiz crochê e bordei para pagar a enfermaria e o quarto. “O hospital era caro e nossa família tinha pouca renda. Meu pai ajudava com uma parte e a outra dava para o trabalho. E as pessoas vinham comprar dele”, lembra. Geraldo Geriel Garda/Arquivo Privado Durante a visita ao hospital do pai de Geraldo Geriel Garda e da mãe Maria de Lourdes, Lourdes conhece uma mulher rica que, segundo o sobrinho, o leva para um quarto privativo, onde ele pode fazer seu trabalho com mais tranquilidade. “Ele dava conselhos, orava pelas pessoas e muitos vinham pedir uma palavra para acalmar o coração naquele momento difícil. Até que apareceu essa mulher rica e ajudou a tia”, lembrou. Sua reputação de bom conselheiro ultrapassou os corredores dos hospitais, chegando até mesmo a pessoas famosas. “Chamamos essa etapa de ‘escondida’, porque as pessoas contavam umas para as outras e mais pessoas começaram a procurá-lo. Ele serviu com o mesmo carisma e atenção. Conheceu todo tipo de gente de diferentes classes sociais. Conheceu grandes personagens da história, como Dom Helder Camara, Santa Irma Dulce e até Roberto Carlos”, comentou. O sobrinho lembra que Maria de Lourdes viajou pelo Brasil ajudando pessoas, até ganhar uma Kombi em um bingo. Durante suas viagens, ele estabeleceu mais de 250 grupos de Irmandades Cristãs de Pessoas com Deficiência (FCD). Durante ação do Grupo Fraternidade de Pessoas com Deficiência da Guarda Maria de Lourdes Reprodução/Arquidiocese de Jundia, Geraldo relembra os últimos momentos em que o Hospital Matarazzo, onde sua tia morou por quase cinco décadas, foi submetido a uma intervenção judicial e teve que ser fechado. Maria de Lourdes, segundo ele, foi a única paciente que permaneceu no local. “Mesmo após ordem do juiz, ela não saiu. A tia dela disse ‘esta é a minha casa’. Porém, um dia ela foi transferida para o mesmo hospital, mas em uma enfermaria infantil. Ela ficou sozinha naquele hospital enorme”, comentou. Apesar de querer lutar pela instituição que a acolheu durante tanto tempo, Maria de Lourdes estava com a saúde debilitada. Faleceu em maio de 1996. “Ele tinha muitos problemas de saúde, não tinha mais a perna direita, o rim direito e o pulmão direito. E, com a idade avançada, foi descoberto um câncer de bexiga. Nesse meio tempo, ele foi transferido para outro hospital, para onde sua mãe o levou. Lá ele morreu. Aliás, uma coisa extraordinária aconteceu. Mesmo um ano depois da morte deles, aconteceu uma coisa extraordinária, todos fizeram o seu trabalho mesmo depois de morrerem no hospital. A culpa é dele por essa causa”, disse o sobrinho. A história do venerável é contada no livro “Um quarto com vista para o mundo”, dos autores Margarida Oliveira e Guilherme Salgado Rocha, publicado em 2018. Irmã Dulce (declarada santa), e as leigas Maria de Lourdes Guarda Geraldo Geriel Guarda e Maria de Lourdes Lourdes Domínio Câmara Geraldo Geriel Guarda/Arquivo Pessoal *Colaboração sob supervisão de Júlia Martins g1 Sorocaba e Jundiaí Veja mais notícias da região em vídeo: veja reportagem da TV TEM

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