Um homem é preso por engano e descobre que seu irmão é realmente culpado de um crime. Segundo a Polícia Federal (PF), o inocente apareceu como acusado em três processos. Em um deles, que o levou à prisão por engano, a condenação acarretava pena de 10 anos. A PF não detalhou em qual crime o verdadeiro culpado estava envolvido. A prisão do irmão inocente ocorreu em outubro de 2025, mas só foi anunciada recentemente após cumprimento de mandado no Paraná expedido por uma Justiça de São Paulo. ✅ Siga o g1 Foz do Iguaçu no WhatsApp O nome do inocente e do irmão não foram divulgados pela PF. Segundo a investigação, os dados de cidadão do preso por engano correspondiam totalmente aos de seu irmão condenado. Durante o interrogatório, o irmão inocente “jurou” não ter envolvimento no crime e apresentou uma versão considerada “coerente e credível” pela polícia, o que permitiu a descoberta do erro. “A maneira como ele contou a história nos fez acreditar que ele estava falando a verdade. A polícia sabe quando uma pessoa está falando a verdade. Foi expedido um mandado contra ele, mas seu irmão enganou o tribunal quando deu suas informações”, disse o perito federal Gabriel da Silva Gomes. A polícia alegou que o acusado possuía documento de identidade falso de seu irmão inocente, o que facilitou a fraude. “Como irmão, ele sabia todos os detalhes, nome completo, filiação, qualificação. Talvez tenha tido acesso aos documentos e até alterado a foto do RG”, disse o especialista. Leia mais notícias: Feminicídio: Idosa morre 13 dias após companheiro ‘desfigurar’ seu rosto Tragédia: Dono de bar tenta apartar briga, expulsa cúmplices e acaba morto Paraná Tráfico de drogas: Megaoperação prende 56 ligados ao PCC Paraná Exames forenses confirmam mudança da Polícia Federal para segmentação biométrica. Dada a inconsistência do mandado, a Polícia Federal decidiu aprofundar a análise e realizar testes biométricos comparando as impressões digitais e fotos do preso com os registros do sistema penitenciário paulista. Com o atendimento emergencial de São Paulo, os agentes obtiveram fotos do próprio preso que estava escalado para cumprir pena. Os relatórios foram conclusivos de que, segundo a PF, o homem detido em Foz do Iguaçu não era culpado de crime. Segundo a polícia, o irmão condenado usou identidade falsa desde o início da investigação em São Paulo. Ele ainda foi preso, cumpriu pena e recebeu liberdade provisória com base em informações falsas. Segundo a PF, ele não voltou ao presídio após as “férias”, que levaram à expedição do mandado de extradição no Paraná e que levaram à prisão do inocente. “O irmão que cometeu o crime já tem experiência de dois homicídios e um roubo a quente. Uma pessoa experiente no crime, que conseguiu desviar todo o sistema”, explicou o perito. Mandado cassado Após constatar o erro, o Tribunal de Execuções Penais (SP) de Campinas revogou o mandado e corrigiu a elegibilidade do réu em três processos. A pessoa presa injustamente não sofreu danos legais, segundo a polícia, porque a prisão foi rapidamente corrigida após descoberta. A Polícia Federal afirmou que o inocente preso ficou surpreso ao descobrir que o mandado de prisão era, na verdade, contra seu irmão. “Quando descobrimos a verdadeira identidade da pessoa para quem o mandado deveria ter sido expedido, o irmão estava preso aqui, fomos lá e mostramos a foto para ele. Ele disse: ‘Esse é meu irmão. Ele tem um longo histórico criminal’. Ele não tinha contato com o irmão há 10 anos. O culpado ainda está foragido Até esta reportagem, o irmão responsável pelo crime ainda não foi encontrado. A PF acredita que ele não está em Foz do Iguaçu e pode estar em outro estado. Além dos crimes pelos quais foi condenado, o irmão também deverá responder por perjúrio normativo. Vídeo: Mais vistos no G1 Paraná Leia mais notícias no G1 Paraná.

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