A proposta da Anatel fará com que aparelhos piratas baixem atualizações que os impeçam de funcionar. A empresa disse estar conversando com o grupo que sugeriu a medida, mas não confirmou se ela seria implementada. Uma “quebra geral” de TV boxes apreendidas em outubro de 2020 em operação conjunta da Polícia Civil, Polícia Federal e Receita Federal Divulgação sobre TV boxes irregulares, que prometem acesso indesejado a canais e serviços de streaming. Foi o que propôs um dos vencedores de um concurso criado para encontrar uma solução para combater essas caixinhas, também conhecidas como IPTV pirata. No final de setembro, o desenvolvedor de sistemas Daniel Lima e outros cinco colegas que atuam na área de tecnologia da informação venceram o concurso Hackathon TV Box organizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O grupo apresentou uma proposta que inutilizaria as caixas através de uma atualização forçada. A Anatel disse que está conversando com os participantes da competição, mas não confirmou se implementará as ideias. Hoje, a empresa costuma pedir às operadoras que bloqueiem servidores utilizados por caixas irregulares. Mas é como limpar o gelo: os endereços dos servidores na Internet são atualizados, o que faz com que as caixas voltem a funcionar. Por isso, a ideia do grupo de Daniel era ir além do que a Anatel já faz para limitar o uso de aparelhos não autorizados. 👉 Funciona assim: a pedido da Anatel, a operadora que receber uma tentativa de abertura do servidor pirata de uma TV box pode acessar diretamente outro endereço, que contém um arquivo de atualização que é baixado automaticamente e pode impedir o funcionamento da box. “Acabamos adicionando um código que o tornou completamente inutilizável”, disse Daniel. “Nossa solução utiliza recursos avançados de rede para permitir que o software da caixa seja modificado e o usuário não consiga acessar o conteúdo protegido.” O método é possível porque são as operadoras (ou ISPs, abreviação de “Provedores de Serviços de Internet”) que gerenciam as comunicações de rede. “Como a Anatel controla os ISPs, ela pode forçá-los a implementar recursos avançados de rede que possibilitem que a caixa receba um pacote modificado”, explicou Daniel. “Quando a Anatel aplicar a solução, haverá uma quebra geral na maioria das caixas irregulares que estão sendo utilizadas”, disse Daniel. Para evitar a destruição de boxes de TV comuns, é necessário definir valores que afetem apenas caixas piratas, como as informações que o próprio aparelho envia ao se comunicar com a Internet e os endereços que deseja acessar. O que resta do plano para decolar? A competição contou com a presença de profissionais e estudantes de áreas como segurança cibernética, redes e desenvolvimento. Além do grupo de Daniel, a Anatel premiou outros dois grupos. Agora, com as propostas apresentadas, cabe à própria Anatel implementar as soluções (ou parte delas). Isso porque é uma solução em larga escala que requer a participação de órgãos públicos, disse Daniel. “Para combater a pirataria, todos precisam de parceria. É um problema muito complexo, que causa muitos prejuízos financeiros aos provedores de Internet e de conteúdo.” A Anatel disse ao g1 que “considerou todas as ideias e ideais apresentados como melhorias de processos internos e externos” e que se reuniu com participantes do hackathon para adequar as propostas aos métodos já utilizados pela agência (veja nota abaixo). O G1 questionou se e quando as soluções vencedoras seriam implementadas, mas não obteve resposta da agência. Só em 2023, a Anatel determinou a retirada de cerca de 3,9 mil servidores utilizados por boxes de TV irregulares. Mas a constante mudança de endereços desses servidores torna o trabalho permanente para a agência. Um dos alvos da Anatel são os aplicativos piratas de transmissão de futebol. Em operação, o órgão bloqueou serviços ilegais durante a última rodada do Brasileirão de 2023. Quais são os riscos das caixas irregulares? Além de distribuir conteúdo pirata, caixas irregulares podem prejudicar os usuários. Segundo a Anatel, os aparelhos carecem de suporte técnico e não garantem proteção de dados, o que pode torná-los alvos de ataques cibernéticos. A empresa analisou as caixas e identificou que algumas podem conter arquivos maliciosos que assumem o controle do aparelho e capturam dados do usuário, como informações financeiras e arquivos armazenados em outros dispositivos da mesma rede. Leia o comunicado completo da Anatel: “A Anatel está se reunindo com os participantes do hackathon além dos vencedores, pois todas as equipes apresentaram soluções que foram vistas como oportunidades para melhorar o processo realizado pela agência. métodos já utilizados pela agência que a Anatel já realiza, a Agência considerou todas as ideias e conceitos que foram apresentados como melhorias nos processos internos e externos da Agência que otimizariam a segurança da infraestrutura e dos usuários de telecomunicações, Como isso está em andamento, a Anatel está trabalhando com os participantes.”

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