Refiro-me ao artigo de opinião do professor Teo Yik Ying “Diga ah! Por que Singapura está negligenciando a saúde bucal?”(20 de novembro).

Negligenciar a saúde bucal é um problema significativo que vai além das regiões bucal e facial.

A Organização Mundial da Saúde identifica-o como um indicador-chave da saúde geral, bem-estar e qualidade de vida.

Veja este exemplo simples, mas muito comum –cáries e/ou doenças gengivais podem levar à perda de dentes, o que pode levar a dificuldades de mastigação, dieta e nutrição inadequadas, baixa autoestima, dificuldade para falar e menor qualidade de vida.

O Prof Teo sugere soluções sólidas nas quais, sobretudo, todos os profissionais de saúde, governo, indústria e comunidade podem contribuir.

Uma boa literacia em saúde permite que as pessoas acedam, compreendam e utilizem a informação de forma a promover e manter uma boa saúde – por exemplo, através de cuidados preventivos.

A prática de saúde colaborativa interprofissional, implementada recentemente na NUS como um currículo comum entre estudantes profissionais de saúde, ajuda neste sentido, especialmente porque as doenças dentárias têm factores de risco comuns a outras doenças, como a obesidade, as doenças cardiovasculares e a diabetes.

Tais cursos garantem que os profissionais de saúde falem uma linguagem comum, sustentada por evidências, que seja relevante para todas as disciplinas de saúde e, principalmente, para a comunidade e o paciente.

É hora de sairmos de nossas respectivas “tribos” disciplinares e nos concentrarmos em uma abordagem total de atendimento ao paciente.

Incentivar cuidados dentários subsidiados é uma excelente ideia, e aqueles que demonstram bons hábitos preventivos e resultados de saúde relacionados poderiam receber subsídios maiores.

Quando cheguei a Singapura, há 15 meses, para ingressar na Faculdade de Odontologia da NUS como reitor, fiquei surpreso ao saber que o atendimento odontológico não fazia parte do Healthier SG. Esta omissão precisa de ser corrigida e, como sublinhou o Prof Teo, com incentivo à priorização da prevenção em detrimento dos tratamentos corretivos.

A força de trabalho para conseguir isto não se limita aos dentistas, mas deve incluir terapeutas de saúde oral, os principais agentes de mudança de comportamento na equipa dentária.

Consideremos também que os trabalhadores não-odontológicos, como outros assistentes sociais ou de saúde, vizinhos, centros comunitários e locais de trabalho, contribuam para melhorar a saúde dentária na comunidade.

É hora de nos concentrarmos em tornar o todo maior do que a soma das partes, integrando todas as partes interessadas na equipe odontológica.

Chris Peck

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