CABUL – O governo do Talibã controla 39 embaixadas e consulados afegãos no mundo todo, três anos após assumir o poder no Afeganistão e o colapso do governo anterior apoiado pelo Ocidente, informou o Ministério das Relações Exteriores em exercício na quinta-feira.

Nenhum governo internacional reconheceu formalmente o governo do Talibã, embora a China e os Emirados Árabes Unidos tenham aceitado oficialmente seus embaixadores em suas capitais.

Muitos governos, especialmente nações ocidentais, incluindo os Estados Unidos, disseram que o caminho para qualquer reconhecimento formal do Talibã ficará estagnado até que eles mudem o curso sobre os direitos das mulheres e reabram escolas de ensino médio e universidades para meninas e mulheres, permitindo sua total liberdade de movimento.

O Talibã diz que respeita os direitos de acordo com sua interpretação da lei islâmica e que as restrições ao seu setor bancário e a falta de reconhecimento estão prejudicando sua economia.

Após o colapso do governo republicano do Afeganistão em 2021, embaixadas estrangeiras ficaram desorganizadas, com muitas delas emitindo documentos como vistos e passaportes que, em alguns casos, o Talibã disse que não deveriam ser reconhecidos.

O Talibã nomeou seus próprios diplomatas para chefiar várias embaixadas, incluindo embaixadores aceitos em Abu Dhabi e Pequim e um encarregado de negócios no vizinho Paquistão. Em algumas missões, diplomatas nomeados pelo governo anterior trabalham com autoridades do Talibã.

“Trinta e nove embaixadas e assuntos diplomáticos obedecem à autoridade central, ou seja, o Ministério das Relações Exteriores”, disse o ministro interino das Relações Exteriores do Talibã, Amir Khan Muttaqi, em uma entrevista coletiva em Cabul.

Ele acrescentou que seu ministério enviou dezenas de diplomatas para 11 países no ano passado, incluindo Turquia, Rússia, Irã e Paquistão.

Muttaqi disse que o Afeganistão enviaria um novo embaixador ao Uzbequistão esta semana e esperava que a Rússia removesse o Talibã de sua lista de organizações terroristas “em breve”.

Em julho, o Talibã disse que estava cortando relações com pelo menos 14 missões diplomáticas afegãs, acrescentando que não honraria passaportes e vistos emitidos por essas embaixadas, a maioria sediada na Europa. REUTERS

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