CARACAS (Reuters) – A Assembleia Nacional da Venezuela votou por unanimidade nesta quinta-feira pela aprovação de uma lei que pode levar à proibição de ocupar cargos públicos por até 60 anos para aqueles que manifestarem apoio à imposição de sanções ao país sul-americano.

A chamada lei Simão Bolívar, o Libertador, também inclui medidas para processar pessoas à revelia e representa a mais recente medida do governo do presidente Nicolás Maduro para reforçar a regulamentação sobre tudo, desde organizações não-governamentais até aos meios de comunicação social, após as contestadas eleições presidenciais de Julho.

A votação da legislatura dominada pelo partido no poder segue-se à aprovação, no início deste mês, pela Câmara dos Representantes dos EUA, da chamada lei Bolívar, que proibiria os órgãos governamentais dos EUA de contratar pessoas que tenham relações comerciais com o governo de Maduro.

A lei Bolívar, que precisa da aprovação final do Senado dos EUA, foi rotulada de “lixo” por Maduro.

As proibições temporárias de exercício de cargos, impostas a políticos da oposição devido ao seu apoio às sanções ao governo de Maduro e outras acusações, são ocorrências regulares na Venezuela. A líder da oposição Maria Corina Machado viu a sua proibição de 15 anos de exercer cargos públicos ser mantida em Janeiro.

Os meios de comunicação social, incluindo estações de televisão e rádio, que apoiam sanções poderão ser encerrados ao abrigo da nova lei, enquanto os meios de comunicação baseados em texto poderão enfrentar multas no valor de até 51,7 milhões de dólares.

A agitação legislativa espalhou o alarme entre os políticos da oposição, que ainda estão a descobrir um caminho a seguir depois de Maduro ter sido declarado vencedor das eleições de Julho pelas autoridades eleitorais.

A oposição, vários países ocidentais e algumas organizações internacionais consideraram as eleições pouco transparentes e apelaram à publicação integral dos boletins de voto.

A oposição publicou as suas próprias contagens mostrando que o seu adversário, Edmundo Gonzalez, venceu com folga a disputa. Desde então, Gonzalez fugiu para a Espanha. REUTERS

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