CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – Autoridades guatemaltecas resgataram 160 crianças e adolescentes da seita fundamentalista judaica Lev Tahor, no sudeste da Guatemala, na sexta-feira, após alegações de abuso infantil, incluindo estupro, disseram promotores.

POR QUE É IMPORTANTE

A operação de resgate no município agrícola de Oratório, 78 quilómetros (48,47 milhas) a sudeste da Cidade da Guatemala, destaca as preocupações constantes sobre as práticas controversas da seita Lev Tahor, que já enfrentou acusações semelhantes no passado.

CITAÇÃO CHAVE

“Com base nas declarações dos denunciantes, nas provas obtidas e nos exames médicos, foi possível estabelecer que existem formas de tráfico de pessoas contra estes menores, como casamento forçado, abusos e crimes relacionados”, disse Nancy Paiz, uma procurador da Promotoria Contra o Tráfico de Seres Humanos da Guatemala, em entrevista coletiva.

CONTEXTO

A comunidade Lev Tahor, fundada em 1988 em Israel, pratica uma forma austera de judaísmo com interpretações da lei judaica que inclui longas sessões de oração e casamentos arranjados.

Lev Tahor (“Coração Puro” em hebraico) enfrentou múltiplas acusações de sequestro, casamento infantil e abuso físico desde que foi fundado na década de 1980.

A comunidade se estabeleceu no México e na Guatemala entre 2014 e 2017. Em 2022, uma operação policial mexicana no estado de Chiapas, no sul do México, na fronteira com a Guatemala, resgatou um grupo de crianças e adolescentes de um campo de Lev Tahor, cujos membros foram presos sob suspeita de participação em abusos contra menores.

A Comunidade Judaica da Guatemala, num comunicado, disse que a seita era estranha à sua própria organização e expressou o seu apoio às autoridades guatemaltecas na realização das investigações necessárias “para proteger a vida e a integridade de menores e outros grupos vulneráveis ​​que possam estar em risco”.

Apelou ao “governo e ao corpo diplomático dos países cujas nacionalidades são membros do Lev Tahor, para unirem forças para proteger aqueles cujos direitos possam ser violados”.

O QUE SE SEGUE

Os menores estão agora sob a proteção do governo e as investigações continuam em andamento. REUTERS

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