LONDRES – O Reino Unido irá superar os seus pares europeus em dificuldades nos próximos 15 anos, ajudando-o a manter o seu lugar entre as maiores economias do mundo, de acordo com projecções a longo prazo.

A Grã-Bretanha e a França permanecerão na sexta e sétima posições até 2039, respetivamente, à medida que a Alemanha, a Itália e a Espanha descem na tabela de classificação, previu o Centro de Investigação Económica e Empresarial (CBRE).

A avaliação optimista será bem recebida pelo primeiro-ministro Keir Starmer depois de dados oficiais esta semana terem mostrado que a economia não conseguiu crescer desde que o seu governo trabalhista assumiu o poder em Julho. Os dados da pesquisa apontam para um último trimestre sombrio que deverá se estender até 2025.

Starmer espera que os seus planos para proporcionar o crescimento sustentado mais rápido no Grupo dos Sete, através de uma série de reformas de planeamento, construção de habitações e investimento público, acabem por render dividendos após um início difícil para o Partido Trabalhista. No entanto, o CEBR sugeriu que os problemas continuarão a prejudicar a economia britânica.

“Embora esta perspetiva seja marcadamente melhor do que a dos principais pares europeus, como a França e a Alemanha, que deverão cair, isto reflete uma perspetiva relativamente mais fraca para as economias da zona euro, em vez de um forte crescimento do Reino Unido”, disse o CEBR.

O CEBR espera que a Grã-Bretanha reduza a diferença em relação à economia alemã, com pior desempenho, nos próximos 15 anos. Espera-se que a maior economia da Europa seja 20% maior do que a do Reino Unido em 2039, em comparação com o valor actual de 31%. Da mesma forma, a Grã-Bretanha ultrapassará a França e será 25% maior em termos de produção até 2039.

Embora o CEBR tenha alertado que os aumentos de impostos trabalhistas significarão um crescimento mais fraco da actividade no curto prazo, espera que a taxa de crescimento tendencial atinja 1,8 por cento no longo prazo.

Espera que os Estados Unidos mantenham a sua coroa de maior economia do mundo, evitando a concorrência da China.

“Esperamos que a China acabe por reivindicar o primeiro lugar, embora as restrições estruturais e demográficas sugiram que o seu mandato como líder económico global será breve”, disse Sam Miley, economista-chefe do CEBR e líder de previsões.

Numa base per capita, prevê-se que o Reino Unido suba para o 21.º lugar, logo atrás de Malta, Alemanha e Suécia. Prevê-se que o Luxemburgo continue a ser o país per capita mais rico do mundo, seguido pela Irlanda e pela Suíça. BLOOMBERG

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