KIEV – A Rússia atacou Kiev, capital da Ucrânia, com mísseis na manhã de segunda-feira, enquanto destroços das armas caídas feriram pelo menos duas pessoas, provocando incêndios e danificando casas e infraestrutura, disseram autoridades.
As unidades de defesa aérea da Ucrânia destruíram mais de 10 mísseis de cruzeiro e quase 10 mísseis balísticos, informou a administração militar da cidade no aplicativo de mensagens Telegram.
Alertas de ataque aéreo foram emitidos por toda a Ucrânia por quase duas horas antes que a força aérea declarasse o céu limpo às 03h30 GMT. A vizinha Polônia, membro da OTAN, ativou aeronaves polonesas e aliadas para manter seu espaço aéreo seguro durante os ataques.
Uma casa de caldeiras em uma estação de tratamento de água de Kiev foi parcialmente danificada, assim como a entrada de uma estação de metrô que também funciona como abrigo antiaéreo no distrito de Svyatoshynksyi, disse o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, no Telegram, embora a estação ainda esteja em operação.
O distrito abriga um conjunto de universidades e escolas.
O ataque feriu pelo menos duas pessoas, disse Klitschko. Carros foram incendiados pela cidade, assim como um prédio não residencial no distrito de Shevchenkivskyi, ele acrescentou.
Os serviços de emergência também foram para os distritos de Svyatoshynksyi, Holosiivskyi e Solomyanskyi, onde destroços de mísseis destruídos caíram, acrescentou Klitschko.
Solomyanskyi abriga uma grande estação de trem e o principal aeroporto de Kiev. O bairro histórico de Svyatoshynksyi fica na extremidade oeste da cidade, enquanto Holosiivskyi fica no sudoeste.
Testemunhas da Reuters em Kiev ouviram uma série de explosões fortes, o que parecia ser obra de unidades de defesa aérea, algumas na área central.
O ataque ocorreu exatamente uma semana depois de Moscou ter lançado mais de 200 mísseis e drones contra a Ucrânia, matando sete pessoas e atingindo instalações de energia em todo o país, no que Kiev chamou de ataque “mais massivo” da guerra.
Rússia nega ter alvejado civis na guerra de 30 meses desencadeada pela invasão de Moscou ao seu vizinho menor. REUTERS