RAMALLAH – Tropas israelenses entregaram o corpo de um palestino preso horas antes na Cisjordânia ocupada às autoridades de saúde palestinas na segunda-feira, enquanto uma grande operação na cidade de Jenin, ponto crítico, continua pelo sexto dia.
O Crescente Vermelho Palestino disse que recebeu o corpo de Ayman Rajeh Abed, de 58 anos, da vila de Kafr Dan, nos arredores de Jenin, depois que ele foi preso por volta do amanhecer de segunda-feira. O diretor do hospital Wissam Bakr em Jenin disse que o corpo tinha sinais de espancamentos e tortura.
O exército israelense disse que Abed foi detido durante operações de contraterrorismo e sofreu um “evento cardíaco” ao chegar a um centro de detenção. Ele recebeu tratamento inicial da equipe médica do exército, antes de ser evacuado para o hospital em Jenin.
“As IDF estão cientes dos relatos de que o suspeito morreu durante sua evacuação pelo Crescente Vermelho”, disse a empresa em um comunicado, acrescentando que os detalhes do incidente estavam sob revisão.
O incidente ocorreu quando as forças israelenses estenderam suas operações em Jenin para vilarejos ao redor da cidade, onde escavadeiras continuaram a escavar ruas e vias principais em busca de bombas na beira da estrada.
Israel lançou a operação, uma das maiores em meses, na última quarta-feira, dizendo que grupos militantes apoiados pelo Irã estavam planejando atacar alvos civis.
Centenas de tropas apoiadas por drones e helicópteros participaram da operação que causou grandes danos a casas e infraestrutura em Jenin e no densamente povoado campo de refugiados adjacente à cidade.
Pelo menos 29 palestinos foram mortos, a maioria dos quais foram reivindicados como membros por facções armadas, incluindo Hamas e Jihad Islâmica. Outras 121 pessoas foram feridas, de acordo com autoridades de saúde palestinas.
No final do domingo, um homem foi morto a oeste da cidade de Jenin.
Na segunda-feira, o Crescente Vermelho Palestino disse que um homem foi atingido no peito por tiros em Qabatiya, perto de Jenin. Sua condição foi descrita como séria. REUTERS