AMÃ – As urnas foram abertas em 10 de setembro nas primeiras eleições parlamentares da Jordânia sob uma nova lei que visa diluir o forte impacto do tribalismo e fortalecer os partidos políticos, com os islâmicos esperados para ganhar apoio devido à raiva sobre A guerra de Israel em Gaza.
A lei eleitoral de 2022 visa abrir caminho para que os partidos políticos desempenhem um papel maior, mas ainda se espera que a eleição mantenha o Parlamento de 138 assentos nas mãos de facções tribais e pró-governo.
Pela primeira vez, a nova lei aloca diretamente 41 assentos para mais de 30 partidos licenciados e, em sua maioria, pró-governo.
Também aumentou a cota de representação feminina de 15 para 18 assentos e reduziu a idade para deputadas eleitas de 30 para 25 anos.
Dos 11 milhões de habitantes da Jordânia, 5,1 milhões são eleitores registrados com mais de 18 anos. Há 1.623 candidatos, incluindo 353 mulheres, competindo por assentos em 18 distritos
A Jordânia mantém um sistema de votação que favorece regiões tribais e provinciais pouco povoadas em detrimento das cidades densamente povoadas, habitadas principalmente por jordanianos de ascendência palestina, que são redutos islâmicos e altamente politizados.
Autoridades dizem que a decisão do poderoso rei Abdullah de prosseguir com as eleições foi uma mensagem de que a política continua normalmente, apesar da guerra de Gaza, que lançou uma sombra sobre as perspectivas econômicas e políticas da Jordânia.
Em um país onde o sentimento anti-Israel é alto, a guerra de Gaza deve ajudar a sorte eleitoral dos islâmicos, a maior oposição do país, que lideraram alguns dos maiores comícios da região apoiando o grupo militante palestino Hamas, seus aliados ideológicos. REUTERS