CINGAPURA – As ações da empresa de engenharia marítima offshore Seatrium subiram acentuadamente nos últimos dias devido a uma combinação de cobertura de posições vendidas, compras institucionais e recompras de ações.

O contador atingiu uma máxima intradiária de US$ 1,61 por volta das 10h do dia 3 de setembro. No intervalo do meio-dia, ele subia 1,3%, para US$ 1,57, com 27,5 milhões de ações trocando de mãos.

A ação fechou a US$ 1,45 na última quinta-feira (29 de agosto), antes de subir 2% em 30 de agosto e 4,7% em 2 de setembro. Com base no preço de negociação do meio-dia em 3 de setembro, ela subiu mais de 8% em apenas três sessões de negociação.

Vários analistas e corretores atribuíram a forte recuperação à cobertura de posições vendidas, já que os traders que tinham vendido as ações a descoberto as compraram de volta para fechar suas posições. O contador viu uma forte queda logo após anunciar seus resultados do primeiro semestre em 2 de agosto.

O aumento também ocorre porque a empresa iniciou seu programa de recompra de ações nos últimos dias. No início deste ano, a empresa obteve aprovação dos acionistas para recomprar US$ 100 milhões em ações. Na semana passada, a empresa recomprou cerca de US$ 2 milhões em ações a um preço médio de US$ 1,4833.

Thilan Wickramesinghe, chefe de pesquisa da Maybank Securities, também avalia que alguns fundos institucionais estão lentamente entrando nas ações, que alguns especialistas de mercado consideram subvalorizadas em mais de 40% com base em fluxos de caixa descontados, e ainda estão sendo negociadas mais de 45% abaixo do valor justo estimado de US$ 2,88.

A UOB Kay Hian adicionou a Seatrium à sua lista de ações “Alpha Picks” em 3 de setembro, que provavelmente superarão o mercado neste mês. Observando fortes livros de pedidos e conclusões estáveis ​​de projetos, a casa de investimentos manteve sua chamada de “compra” para as ações, com um preço-alvo de 6 a 12 meses em US$ 2,31 com base em um múltiplo de livro de preços de 1,15 vezes.

O recente aumento no preço das ações também ocorreu após a reclassificação da empresa pelos analistas, após ela ter registrado uma reviravolta em seus números de desempenho.

Depois de nadar no vermelho por seis anos, a Seatrium voltou a ser lucrativa, impulsionada por uma onda de novos pedidos impulsionada pelos altos preços da energia.

O grupo postou lucro líquido subjacente de US$ 115 milhões para o semestre até o fim de junho. Esta foi uma reviravolta de US$ 379 milhões em relação às perdas no período do ano anterior. O lucro líquido atribuível aos acionistas chegou a US$ 36 milhões, revertendo uma perda de US$ 264 milhões no ano anterior. O lucro por ação ficou em 1,05 centavos, contra uma perda de 9,4 centavos.

Os resultados vieram por conta do crescimento da receita de 39%, para US$ 4 bilhões, ante US$ 2,89 bilhões no mesmo período do ano anterior.

A Seatrium também está em um livro de pedidos recorde, agora ultrapassando US$ 26 bilhões. Ela também vem limpando a casa ao esclarecer problemas legados deixados para trás por uma queda de 10 anos no mercado de petróleo, e está vendo um fortalecimento significativo de seu balanço.

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