SÓFIA (Reuters) – Os búlgaros vão às urnas no domingo para a sétima eleição antecipada em quatro anos, mas pesquisas de opinião sugerem que é improvável que isso rompa o impasse político que desacelerou as reformas econômicas no Estado-membro mais pobre da União Europeia.
A Bulgária tem sido atormentada por governos de curta duração desde 2020, quando protestos anti-corrupção ajudaram a pôr fim a uma coligação liderada pelo partido de centro-direita GERB.
As últimas sondagens de opinião sugerem que, mais uma vez, nenhum partido conseguirá obter a maioria parlamentar, preparando o terreno para uma nova ronda de negociações de coligação difíceis e prolongadas.
As urnas abrem às 7h (05h00 GMT) e fecham às 20h00 (18h00 GMT), com as urnas a serem anunciadas imediatamente após o fechamento dos locais de votação. Os primeiros resultados parciais são esperados por volta da meia-noite (22h GMT).
Uma pesquisa Gallup International Balkans, publicada na sexta-feira pela Rádio Nacional Búlgara, colocou o GERB à frente com 26,1% dos votos, seguido por dois partidos em uma disputa acirrada pelo segundo lugar.
O reformista PP (Continuamos a Mudança) e o partido ultranacionalista e pró-Rússia Revival foram vistos com 16,2% e 14,9%, respectivamente. A mesma pesquisa viu a participação eleitoral em 31,1%.
A Bulgária precisa de um período de governo estável e que funcione bem para acelerar o fluxo de fundos da UE para a sua infra-estrutura frágil e incentivá-la a adoptar o euro.
Os planos de adesão à zona euro já foram adiados duas vezes devido ao não cumprimento dos objectivos de inflação. A adesão está prevista para 25 de janeiro de 2025.
“Um parlamento fragmentado e rivalidades políticas de longa data complicarão a formação de um governo funcional e estável”, disse a consultoria de risco político Teneo numa nota na quinta-feira.
“O caos político prolongado pode traduzir-se numa crescente decepção dos eleitores com os principais partidos políticos em favor dos populistas, nacionalistas e pró-Rússia”, afirmou.
A votação de domingo foi desencadeada pelo fracasso, após uma eleição inconclusiva em 9 de Junho, dos partidos políticos da Bulgária em chegarem a acordo sobre a formação de um governo de coligação. REUTERS