GENEBRA – O chefe de direitos humanos da ONU disse em 9 de setembro que acabar com a guerra de quase um ano em Gaza é uma prioridade e pediu aos países que ajam sobre o que ele chamou de “flagrante desrespeito” de Israel ao direito internacional nos territórios palestinos ocupados.

Quase 41.000 palestinos foram mortos em Gaza, de acordo com autoridades de saúde de Gaza, desde que Israel desencadeou uma campanha militar em resposta a ataques transfronteiriços por militantes do Hamas em 7 de outubro de 2023 no qual 1.200 pessoas foram mortas e outras 250 foram feitas reféns.

“Acabar com essa guerra e evitar um conflito regional total é uma prioridade absoluta e urgente”, disse o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, em um discurso na abertura do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.

“Os Estados não devem – não podem – aceitar desrespeito flagrante ao direito internacional, incluindo decisões vinculativas do Conselho de Segurança (da ONU) e ordens do Tribunal Internacional de Justiça, nem nesta nem em nenhuma outra situação.”

Ele citou uma opinião divulgada pela corte máxima da ONU em julho que chamou a ocupação de Israel de ilegal e disse que essa situação deve ser “abrangentemente abordada”. Israel rejeitou a opinião e a chamou de unilateral.

Os comentários do Sr. Turk foram feitos em um amplo discurso marcando a metade de seu mandato de quatro anos como chefe de direitos humanos da ONU, onde ele descreveu enormes desafios ao redor do mundo e uma crise de liderança política.

“Em todas as regiões do mundo, vemos dinâmicas de poder profundamente enraizadas em jogo para agarrar ou manter o poder, às custas dos direitos humanos universais”, disse ele no início da sessão de cinco semanas, onde as violações de direitos no Sudão, Afeganistão e Ucrânia também serão debatidas. REUTERS

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