LIMA – Autoridades peruanas se apressaram para implementar um plano para combater incêndios que estão fora de controle em todo o país, destruindo plantações, danificando tesouros arqueológicos e deixando várias regiões em estado de desastre na quinta-feira.

Os bombeiros disseram que combater as chamas está cada vez mais difícil.

“Estamos cansados”, disse um bombeiro voluntário nas florestas da região norte do Amazonas que não quis dar seu nome. “Apagamos o fogo, ele reacende. Apagamos, o fogo recomeça.”

Os bombeiros da área se retiraram das chamas na quinta-feira.

“Eles estão fora de controle”, disse Arturo Morales, outro bombeiro voluntário. “Precisamos de ajuda.”

Na quarta-feira, o presidente Dina Boluarte declarou estado de emergência de 60 dias nas regiões de San Martin, Amazonas e Ucayali, alocando recursos extras para impedir a propagação dos incêndios.

“Estamos lançando tudo o que temos”, disse Boluarte em um discurso. Ela pediu aos fazendeiros que parassem de queimar pastagens, o que, segundo ela, fez com que as chamas se espalhassem fora de controle.

Incêndios florestais no Peru são frequentes de agosto a novembro, causados ​​por fazendeiros ou por aqueles que buscam tomar terras ilegalmente, de acordo com o governo.

Cerca de 240 incêndios ocorreram nesta temporada em 22 das 25 regiões do país, embora mais de 80% tenham sido controlados até quarta-feira.

Algumas, no entanto, estão ameaçando reacender as chamas devido ao tempo seco, aos ventos e à localização remota, o que as torna de difícil acesso.

As chamas já atingiram sete sítios arqueológicos, segundo o Ministério da Cultura, e estão ameaçando a comunidade indígena Shipibo-Konibo na Amazônia.

No total, quase 2.300 hectares (5.680 acres) de terras agrícolas foram queimados e 140 pessoas ficaram feridas, de acordo com dados oficiais até quarta-feira.

A América do Sul está sendo devastada pelo fogo desde a floresta amazônica do Brasil, passando pelas maiores áreas úmidas do mundo até as florestas secas da Bolívia, quebrando um recorde anterior de número de incêndios vistos em um ano. REUTERS

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