BRUXELAS – Os líderes da União Europeia devem alertar a Geórgia de que o seu governo está a comprometer o caminho do país rumo à UE antes das eleições parlamentares no final deste mês, de acordo com um projecto de texto.

A Geórgia obteve o estatuto de candidata à adesão à UE em dezembro de 2023 e as sondagens de opinião mostram que os georgianos são amplamente a favor da adesão ao bloco.

Mas a retórica cada vez mais favorável à Rússia do partido governante Georgian Dream, uma lei controversa que exige que grupos que recebem fundos do estrangeiro se registem como “agentes estrangeiros” e a legislação que restringe os direitos LGBT alimentaram preocupações nas capitais ocidentais.

No projecto de conclusões preparado para uma cimeira dos líderes da UE em Bruxelas, nos dias 17 e 18 de Outubro, o bloco “reafirma a disponibilidade da União para apoiar o povo georgiano no seu caminho europeu”, mas também “reitera a sua séria preocupação relativamente ao curso de acção tomado por as autoridades georgianas”.

“O Conselho Europeu recorda que tal atitude põe em risco o caminho da Geórgia para a UE e interrompe de facto o processo de adesão”, deverão dizer os 27 chefes de Estado e de governo da UE, apelando a Tbilisi para que adopte reformas democráticas.

As eleições de 26 de Outubro na Geórgia colocam o partido no poder contra uma oposição pró-Ocidente dividida e estão a ser observadas de perto pelos parceiros internacionais do país.

“O Conselho Europeu espera que as autoridades georgianas garantam que as próximas eleições parlamentares sejam livres e justas”, afirmam também os líderes da UE, de acordo com o projeto de conclusões. REUTERS

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