LOS ANGELES – A cantora americana Paula Abdul resolveu uma ação judicial que moveu contra o produtor de televisão inglês Nigel Lythgoe, acusando-o de agredi-la sexualmente quando trabalharam juntos nos reality shows americanos American Idol (de 2002 até o presente) e So You Think You Can Dance ( 2005 até o presente).

Um aviso de acordo foi apresentado no Tribunal Superior de Los Angeles em 12 de dezembro, encerrando um caso que resultou na saída de Lythgoe em 2024 como juiz em So You Think You Can Dance, um show que ele ajudou a criar. Ele negou veementemente as acusações e estava lutando contra o processo na Justiça.

Os detalhes do acordo não foram divulgados. Em comunicado, Abdul, 62 anos, disse estar “grata por este capítulo ter chegado ao fim com sucesso e é algo que agora posso deixar para trás”.

Lythgoe, 75 anos, que foi um dos produtores que fizeram do American Idol um fenômeno nos EUA, disse em comunicado que, assim como Abdul, estava feliz em deixar o assunto para trás.

“Vivemos num momento preocupante em que uma pessoa é agora automaticamente considerada culpada até que se prove a sua inocência, um processo que pode levar anos”, disse ele.

Ele disse no comunicado que “sei a verdade e isso me dá muito conforto”.

No processo de Abdul, que foi arquivado no final de 2023, ela disse que durante uma das primeiras temporadas do American Idol, que estreou em 2002, Lythgoe a empurrou contra a parede do elevador de um hotel, agarrou seus órgãos genitais e seios e começou a “enfiar a língua em sua garganta”.

Depois de deixar o American Idol, ela se juntou a Lythgoe como jurada em So You Think You Can Dance em 2015 e 2016, e seu processo dizia que ele novamente fez avanços durante esse período.

Ela alegou no processo que Lythgoe a agrediu novamente quando ela visitou a casa dele para discutir trabalho, acusando-o de apalpar seus seios e nádegas enquanto tentava beijá-la. A ação disse que ela não relatou o encontro por medo de retaliação.

Nos documentos judiciais, os advogados de Lythgoe consideraram as acusações falsas e uma “forma de assassinato de caráter” contra ele. No processo, eles questionaram sua credibilidade e apontaram mensagens de texto e e-mails de “adoração” de Abdul para Lythgoe que, segundo eles, mostravam seus “verdadeiros sentimentos” sobre o produtor como um amigo de longa data.

Abdul processou sob uma lei da Califórnia que permite que pessoas que fazem acusações de agressão sexual apresentem reclamações fora do prazo de prescrição por um período limitado de tempo. A lei revive reivindicações decorrentes de alegações que datam de 2009. A alegação de agressão de seu processo foi posteriormente reduzida para se concentrar apenas nas alegações decorrentes de So You Think You Can Dance, que se enquadrava nessa janela.

Na sua declaração, Abdul classificou o caso como uma “longa e árdua batalha pessoal”, dizendo que espera que a sua experiência possa “servir para inspirar outras mulheres que enfrentam lutas semelhantes a superar os seus próprios desafios com dignidade e respeito, para que elas, também, podem virar a página e começar um novo capítulo de suas vidas”.

Ela já havia demitido as produtoras de American Idol e So You Think You Can Dance como réus no caso. Um julgamento foi agendado para agosto de 2025. NOVOS TEMPOS

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