MILÃO (Reuters) – A polícia italiana colocou quatro pessoas em prisão domiciliar como parte de uma investigação sobre suposto acesso ilegal a bancos de dados estatais por uma empresa privada de inteligência dirigida por um ex-policial, disse à Reuters uma pessoa com conhecimento direto do assunto.

A pessoa disse à Reuters que Leonardo Maria Del Vecchio, filho do falecido bilionário Leonardo Del Vecchio, que fundou a Luxottica, proprietária da Ray Ban, está entre os alvos da investigação.

Leonardo Maria Del Vecchio, a quem a Reuters não conseguiu contatar imediatamente para comentar, supostamente encarregou a agência de inteligência de coletar informações, já que os herdeiros de Del Vecchio estão em desacordo sobre a herança, disse a pessoa. O magnata morreu em 2022.

Os promotores de Milão alegam que a agência de inteligência empresarial explorou três bancos de dados principais: um que coletava alertas sobre atividades financeiras suspeitas; um usado pela agência tributária nacional com transações bancárias, contas de serviços públicos e declarações de rendimentos dos cidadãos; e o banco de dados de investigações policiais, disse a pessoa.

O promotor nacional antimáfia da Itália, Giovanni Melillo, disse a repórteres no sábado que a investigação “tocou o alarme” porque lançou luz sobre o “gigantesco mercado de informações confidenciais” que adquiriu “uma dimensão empresarial”, informou a agência de notícias ANSA.

A investigação segue-se a outra investigação recente sobre uma violação de dados em grande escala no principal banco italiano, Intesa Sanpaolo. REUTERS

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