CINGAPURA – Os golpistas não mostram sinais de que vão desistir aqui, com as reclamações das vítimas continuando a se acumular.

As fraudes representaram a maior parte – 38 por cento – de todas as reivindicações tratadas pelo Centro de Resolução de Disputas do Setor Financeiro (Fidrec) nos 12 meses até 30 de junho de 2024, que é o exercício financeiro de 2023 do órgão de resolução de disputas.

O número de reclamações de fraude também disparou, com 829 no ano, um aumento acentuado de 63 por cento em relação às 509 registadas nos 12 meses anteriores, observou a Fidrec em 21 de Novembro.

O número total de reclamações tratadas aumentou de 1.495 para 2.162, um aumento de 45 por cento em relação a 2022, enquanto o valor médio reclamado atingiu 51.599 dólares, um aumento de 12,8 por cento em relação aos 45.760 dólares.

A Fidrec recebeu 261 reclamações de fraude em 2021, 509 em 2022 e 829 em 2023.

As reclamações relacionadas com fraudes, em proporção do total de reclamações, também têm aumentado. Representavam 28,8 por cento em 2021, 34 por cento em 2022 e 38 por cento em 2023. Notavelmente, 59 por cento das fraudes tiveram origem na utilização de cartão de crédito.

Muitas pessoas pensam que as pessoas mais velhas são mais suscetíveis a fraudes, mas Fidrec observou que as pessoas com idades compreendidas entre os 31 e os 60 anos representavam 72 por cento dos requerentes, enquanto as pessoas com mais de 61 anos representavam 20 por cento.

A executiva-chefe, Eunice Chua, disse que a maioria dos golpes aconteceu porque as credenciais da vítima foram comprometidas.

Isso geralmente significava que a conta bancária, a carteira digital ou o cartão de crédito de uma pessoa tinham determinadas transações que não foram autorizadas.

Chua disse que tais golpes podem ser evitados se as pessoas ficarem atentas às suas transações, verificando regularmente as contas bancárias e, ao mesmo tempo, usando a autenticação de dois fatores e instalando programas antivírus e antimalware em seus dispositivos.

A maneira mais simples, acrescentou ela, é usar o ScamShield, que foi desenvolvido pelo governo para detectar e bloquear mensagens e chamadas fraudulentas.

A Sra. Chua observou que é importante que a família e os amigos cuidem uns dos outros porque às vezes as vítimas nem sequer percebem que foram enganadas.

“Talvez a pessoa esteja sob pressão psicológica ou tenha sido enganada”, disse ela, acrescentando que, nessas situações, “um familiar ou um amigo percebeu e ajudou a quebrar o feitiço psicológico”.

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