Richard D. Parsons, um executivo bancário de longa data que assumiu o comando da Time Warner durante um período conturbado para a empresa de comunicações e que ajudou o Citigroup a navegar na crise financeira, morreu na quinta-feira aos 76 anos.

Empresário negro proeminente, Parsons também ajudou os Clippers da NBA a lidar com um escândalo de racismo.

Parsons foi amplamente creditado pela recuperação da Time Warner após sua fusão fracassada de US$ 165 bilhões com a AOL, informou a CNN. Com Parsons como CEO, a Time Warner reduziu a sua dívida em cerca de metade, ao inaugurar uma nova era de crescimento sustentável.

O New York Times disse que a causa da morte foi câncer, citando Ronald Lauder, amigo de longa data de Parsons e presidente do conselho da Estee Lauder. Parsons, que nasceu no Brooklyn, Nova York, também atuou no conselho da Estee Lauder, bem como no conselho da empresa de gestão de ativos Lazard.

Ele “foi mais do que um líder icônico na história da Lazard – ele foi uma prova de como a sabedoria, a cordialidade e o julgamento inabalável poderiam moldar não apenas as empresas, mas a vida das pessoas”, disse a Lazard em comunicado em seu site.

“Quando o Citigroup enfrentou o seu momento mais negro durante a crise financeira, ele assumiu o cargo de presidente, apesar dos imensos desafios que tinha pela frente, dizendo simplesmente: ‘Você não pode abandonar as suas tropas quando as coisas ficam difíceis'”, disse Lazard.

O Citigroup, em comunicado, disse: “Dick aplicou suas lendárias capacidades de liderança durante um período incrivelmente desafiador para nossa empresa, deixando o Citi melhor do que o encontrou”.

Em 2014, quando a NBA baniu Donald Sterling, proprietário do Los Angeles Clippers, para sempre por causa de comentários racistas, a liga de basquete nomeou Parsons como presidente-executivo interino do Clippers.

“Em um momento de adversidade e incerteza para o Los Angeles Clippers, Dick interveio para fornecer o tipo de liderança constante e tranquilizadora que definiu sua notável carreira nos negócios e no serviço público”, disse o comissário da NBA, Adam Silver, em comunicado na quinta-feira.

O Times observou que Parsons era frequentemente o único executivo negro em uma sala de reuniões e falava sobre questões sociais, inclusive após a morte de George Floyd em 2020.

Ele é mais lembrado como um solucionador de problemas, lidando com emergências corporativas, como perdas no Dime Bancorp durante a crise de poupança e empréstimos na década de 1980, informou o Times.

Lazard também destacou seu serviço como presidente do Apollo Theatre e da Jazz Foundation of America, e suas posições nos conselhos do Museu Nacional Smithsonian de História e Cultura Afro-Americana, do Museu Americano de História Natural e do Museu de Arte Moderna de Nova York. Cidade de York.

Ele deixa sua esposa, Laura, com quem teve três filhos, informou o Times. REUTERS

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