JERUSALÉM – Três israelenses foram mortos no domingo quando seu veículo foi alvejado perto da cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada, disseram autoridades israelenses.
Os militares confirmaram o ataque na área do cruzamento de Idna Tarqumiyah, dizendo que as forças de segurança estavam procurando os agressores.
Centenas de tropas israelenses vêm realizando ataques na Cisjordânia desde a última quarta-feira, em uma das maiores ações na área em meses, que, segundo Israel, tem como objetivo erradicar militantes islâmicos.
A operação gerou apelos internacionais para sua interrupção.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que três policiais estavam no veículo e foram mortos no ataque de domingo.
“Estamos lutando em todas as frentes contra um inimigo cruel que quer nos assassinar a todos”, disse Netanyahu, referindo-se também aos seis reféns israelenses mortos em cativeiro em Gaza e cujos corpos foram recuperados de um túnel no domingo.
O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, um membro linha-dura do gabinete de segurança de Israel, pediu mais ações contra militantes palestinos na Cisjordânia.
“Precisamos fazer agora o que não fizemos naquela noite terrível: lançar um ataque preventivo e atacar duramente o terrorismo”, disse ele, referindo-se ao ataque mortal do Hamas em 7 de outubro contra Israel.
“Estamos comprometidos em eliminar o terrorismo em todas as frentes”, disse ele, falando no local do ataque de domingo.
O serviço de ambulâncias de Israel havia dito inicialmente que duas pessoas haviam morrido e uma terceira estava gravemente ferida.
O Hamas, que está travando uma guerra com Israel em Gaza, elogiou o ataque na Cisjordânia, mas não o reivindicou, dizendo que foi uma “resposta natural aos massacres e genocídios na Faixa de Gaza”.
“Pedimos a todos aqueles que portam armas que apontem suas balas para o peito dos ocupantes que continuam a cometer massacres contra nosso povo na Faixa de Gaza”, diz o comunicado.
Israel nega ter cometido atos de genocídio na guerra de Gaza, que foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro contra Israel. REUTERS