Mariana, 10: Ninguém é considerado culpado pela tragédia que matou 19 pessoas e poluiu o Rio Dos Um tribunal inglês considerou a BHP, um dos acionistas da Samarco, parcialmente responsável pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, região central de Minas Gerais. A decisão que condenou, em parte, a mineradora anglo-australiana pela tragédia foi divulgada pelo Supremo Tribunal de Londres na manhã desta sexta-feira (13). O valor da indenização que a empresa terá de pagar ainda não foi determinado. ✅Clique aqui para acompanhar o canal do g1 MG no WhatsApp Atualmente, são cerca de 620 mil autores da ação, entre pessoas, comunidades, municípios, igrejas e empresas, que reivindicam cerca de R$ 230 bilhões em indenizações. A primeira fase do julgamento, de responsabilidade da BHP, começou em outubro de 2024 e terminou em março deste ano. Durante este período foram ouvidos peritos jurídicos e técnicos, bem como testemunhas e peritos. A defesa das vítimas, liderada pelo escritório de advocacia Poguest Goodhead, alegou que a mineradora estava ciente do risco de rompimento da barragem e deveria ser responsabilizada pelos danos. Os advogados apresentaram evidências de que a BHP recebeu “sinais de alerta” sobre a estrutura pelo menos seis anos antes da tragédia de 2015. A empresa negou isso. ✅Envie suas denúncias, reclamações ou sugestões para os telejornais do g1 Minas e da TV Globo. Também divulgaram informações sobre uma fissura detectada em agosto de 2014, que consideraram “evidência de ruptura iminente do talude”. Embora a BHP tenha implementado medidas emergenciais, o fator de segurança recomendado não foi alcançado. Ainda antes de a primeira ronda de sentença ser anunciada esta sexta-feira, começaram as audiências de preparação para a segunda ronda, marcada para outubro de 2026. Só nesta fase posterior é que os tribunais ingleses decidirão como a tragédia afetou cada indivíduo e o pagamento a efetuar. A Vale, acionista brasileira da Samarco, pagará metade do preço. Vale ressaltar que o dia 5 marcou 10 anos do rompimento da Barragem Samarco Fundão, nas Marianas. O derramamento imediato de quase 40 milhões de metros cúbicos de resíduos de minas destruiu comunidades e meios de subsistência. A lama poluiu o Rio Doce e seus afluentes e atingiu o Oceano Atlântico, no Espírito Santo. No total, 49 municípios foram afetados direta ou indiretamente e 19 pessoas morreram. Ações foram movidas contra a BHP no Reino Unido em 2018, mas foi somente em 2022 que a Justiça inglesa decidiu que iria julgar o caso – na época da tragédia, a empresa estava listada na Bolsa de Valores de Londres. No Brasil, no ano passado, mineradoras e autoridades governamentais assinaram um novo contrato no valor de R$ 170 bilhões para reparar danos causados ​​pelo desastre. Esse valor inclui gastos anteriores à renegociação de R$ 38 bilhões. Leia mais: Mariana, 10 anos: Ninguém foi condenado pela tragédia que matou 19 pessoas, destruiu comunidades e já custou bilhões em reparos ecológicos do Rio Dos, mas a bacia do Rio Dos é ainda mais pobre em termos de biodiversidade Como Bento Rodríguez, uma comunidade foi destruída por informações tratográficas resumidas. Mariana, 10 anos depois Arte/g1 Revista Mariana Nacional/Reprodução Foto aérea da área danificada pela barragem g1 Vídeo mais visto de Minas:

Source link

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui