O advogado Gabriel Ahid Costa, a professora Ayala Nascimento e o professor Marcio Carneiro falam sobre como a inteligência artificial está transformando o direito, o jornalismo e a educação, exigindo adaptação e ética. Reprodução/arquivo pessoal No mundo contemporâneo, a inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente, levando profissionais de diversas áreas a se adaptarem às mudanças tecnológicas. Entre a formação académica e a entrada no mercado de trabalho, existe uma preocupação crescente não só em ser competitivo, mas também em se adaptar às novas ferramentas digitais. 📲 Clique aqui e assine o canal g1 Maranhão no WhatsApp 🎓 No Maranhão, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anício Teixeira (INEP), as matrículas em cursos superiores aumentaram 81,6% entre 2013 e 2023, aumentando para no máximo 129,95%. no Nordeste e o segundo no Brasil. A Associação Brasileira de Estágios (Abres) observa que o número de concluintes do ensino superior chegará a 1.374.669 em 2023, um aumento de 6,74% em relação ao ano anterior. Os cursos com mais diplomados são Pedagogia (1.728.750) e Direito (1.512.740). Gabriel Ahid, advogado de defesa e justiça e especialista em inteligência artificial da Transformation, implementa ferramentas de IA em seu escritório. Reprodução/Arquivo Pessoal O advogado e mestre em Direito Constitucional Gabriel Ahid Costa, especialista em inteligência artificial, afirma que a lei vive uma das maiores mudanças de sua história. A digitalização do sistema judicial, o aumento da utilização da IA ​​e a automatização do trabalho jurídico mudaram a rotina dos escritórios e dos tribunais. Segundo ele, a IA é boa em tarefas repetitivas e com pouca inteligência, como revisão de contratos, análise de documentos e gerenciamento de prazos. “Essas etapas são demoradas e podem ser executadas com segurança por sistemas automatizados, liberando o advogado para o raciocínio estratégico e a comunicação com o cliente”, explicou. Gabriel, dono de um escritório de advocacia, diz que o uso da tecnologia já faz parte da rotina produtiva. “Reduzimos o tempo operacional em mais de 50% e ganhamos produtividade. Isso nos permite focar no que importa: pensar estrategicamente e entregar soluções personalizadas”, destaca. 🔎 No judiciário, a adoção da IA ​​também avança. Em 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) lançou o MARIA, ferramenta de inteligência artificial desenvolvida para otimizar a produção de conteúdos como resumos de votos e relatórios processuais. Os advogados enfatizaram que entender como essas tecnologias funcionam é essencial. “Muitos advogados ainda veem a IA como uma ameaça ou um modismo, quando na verdade ela é uma aliada. A tecnologia não tem empatia nem ética. Ela amplia nossas capacidades de trabalho. O risco está na resistência em aprender a usá-la”, observou. Jornalismo e IA: ética, limitações e reorientação O professor Marcio Carneiro, da Universidade Federal do Maranhão, analisa o impacto da inteligência artificial no jornalismo e destaca os desafios éticos e profissionais da área. Professor Generativo/UFMA Marcio Carneiro do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Doutor em Tecnologias de Inteligência e Design Digital, a IA generativa tem impacto direto na profissão de jornalistas, principalmente em questões como emprego, processamento, processamento e transparência. É uma tecnologia com grande potencial e as mudanças já estão em curso, como temos observado entre os agentes de mercado 💻 A IA generativa cria novos conteúdos (texto, imagens, música ou código) a partir de grandes quantidades de dados, enquanto a IA preditiva analisa os dados para prever padrões e resultados futuros. Marcio alerta que embora o generativo tenha sido criado para ser criativo, não precisa ser. “Se se vai utilizar em áreas onde a qualidade dos dados é crítica, como na ciência, na investigação ou no jornalismo, é necessário conhecimento e cautela. Há muita desinformação sobre os seus limites e riscos”, sublinhou. Um estudo da Microsoft observou que profissões baseadas na produção de linguagem e conteúdo, como o jornalismo, são mais suscetíveis à transformação causada pela IA. A função do repórter aparece na 16ª colocação no ranking de impacto. G1 em 1 minuto: Quais profissões são mais afetadas pela inteligência artificial? Para Carneiro, é fundamental estabelecer regras que regulem o uso dessas tecnologias. “Uma palavra mal interpretada pode causar sérios danos a uma organização. Não basta adotar modismos. É preciso treinamento, os processos devem ser reorganizados e todos devem estar preparados para o novo ambiente”, observa. O professor também reforça o papel ético do jornalista na mediação entre tecnologia, informação e sociedade. “Num mundo de notícias falsas e desinformação, o papel do jornalista continua a ser fundamental, independentemente do uso da IA. É ele quem ancora a verificação e a credibilidade da informação”, concluiu. IA no Ensino: Novas Formas de Aprender e Ensinar A professora Ayla Nascimento, de 24 anos, utiliza inteligência artificial em sala de aula para tornar as aulas mais dinâmicas e engajar os alunos por meio de atividades interativas. A Inteligência Artificial dos Arquivos Reprodutivos/Pessoais também mudou o ambiente escolar. Em São Luis, a professora de filosofia Ayla Nascimento, que leciona do 6º ao 1º ano do Ensino Médio, utiliza a tecnologia em atividades de gamificação, como palavras cruzadas e geradores de voz que transformam poesias em músicas. 🎮 Gamificação é a utilização de elementos de jogos (como pontos, desafios e recompensas), em contextos como a educação, para aumentar o envolvimento dos alunos. “Isso ajuda muito essa geração, que é exposta a muitos estímulos. Só pintura e pincéis não chamam a atenção como algo interativo”, comenta. Segundo Ayala, grande parte de seus alunos consegue avaliar a confiabilidade das informações geradas pela IA. “Eles têm conhecimento prévio e uso da Internet com computadores e tablets em sala de aula, o que facilita o ensino do uso responsável”, explica. A professora acredita que a lei que proíbe o uso de celular em sala de aula, promulgada em janeiro deste ano, ajudou a reduzir as distrações dos alunos. Para ele, a IA torna o aprendizado mais dinâmico. “O progresso não pode ser evitado. Tudo o que podemos fazer é conter os danos, informar sobre o uso responsável e conscientizar”, afirmou. Ayala também destacou a importância de os educadores se manterem atualizados. Ser professor é ser um pesquisador perpétuo. Precisamos compreender essas tecnologias para saber se e como podemos aplicá-las. As crianças já sabem como usá-los – e nós também deveríamos.

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