
A diminuição da velocidade ao mudar de direção durante a caminhada pode revelar o risco de doença de Parkinson. Diminuir a velocidade ao mudar de direção durante a caminhada freepik pode revelar o risco de desenvolver a doença de Parkinson. Foi o que descobriu um estudo alemão com dados coletados ao longo de uma década. 🧠Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos do paciente. Os principais sintomas incluem tremores, lentidão de movimentos e desequilíbrio. (Veja mais abaixo) ➡️O estudo, publicado na revista científica “Annals of Neurology”, acompanhou 1.051 pacientes com mais de 50 anos durante dez anos. O objetivo foi analisar a relação entre a taxa de alteração no desempenho da marcha e o futuro diagnóstico de Parkinson. Os resultados mostraram que uma “velocidade angular lenta”, ou seja, a velocidade com que se gira no ponto de maior movimento ao caminhar, estava associada a uma maior probabilidade de desenvolver a doença no futuro. Veja também: Paciente de Parkinson toca clarinete durante cirurgia cerebral Os pesquisadores também descobriram que a velocidade de rotação começa a diminuir cerca de 8,8 anos antes do diagnóstico clínico de Parkinson, o que pode indicar que é um dos primeiros sinais motores detectáveis da doença. Brooke Galna, professora associada da Escola de Saúde Aliada da Universidade Murdoch, na Alemanha, e uma das autoras do estudo, disse que as descobertas abrem caminho para uma intervenção precoce relacionada ao problema. “A identificação precoce de pessoas em risco de desenvolver Parkinson irá acelerar a descoberta e os testes de tratamentos neuroprotetores concebidos para retardar a progressão da doença e manter as pessoas a viver de forma independente por mais tempo”, projeta. Para conduzir o estudo do sensor traseiro, os pesquisadores usaram um sensor na parte inferior dos participantes. O aparelho foi responsável por medir movimentos de giro durante aproximadamente um minuto de caminhada em um corredor de 20 metros. O dispositivo registra o ângulo, a duração e a velocidade da curva, que posteriormente fornece dados relacionados ao desenvolvimento ou não do Parkinson. Do total de participantes, 23 foram diagnosticados com a doença em média 5,3 anos após a avaliação inicial. Mas sinais de diminuição da velocidade foram observados aproximadamente 8,8 anos antes do diagnóstico. “Ao detectar alterações na velocidade de rotação através de sensores vestíveis, em combinação com outros sinais precoces da doença de Parkinson, podemos identificar indivíduos em risco muito antes dos sintomas serem clinicamente aparentes”, disse Galna. Essas células também produzem dopamina, responsável pela condução dos impulsos nervosos (neurotransmissores) no corpo. Portanto, a falta ou redução dessa substância no organismo afeta o movimento. 👉Os sintomas mais característicos desta doença são: Tremor Lentidão de movimentos Rigidez muscular Desequilíbrio Alterações na fala e na escrita Atualmente, o diagnóstico é baseado na história clínica do paciente e no exame neurológico. Ainda não existe exame específico para diagnóstico ou prevenção. Também não há cura. O tratamento geralmente tenta combater os sintomas além de retardar a progressão da doença. Limitações do estudo Embora os resultados apontem para uma potencial nova forma de detecção precoce da doença de Parkinson, os investigadores consideram que o estudo ainda apresenta algumas limitações. 👉Entre eles: Limitações do algoritmo com um número limitado de participantes para detectar ângulos de inclinação usando apenas sete medições de inclinação Ao discutir o estudo, o grupo indicou que “os resultados indicam que a avaliação quantitativa e digital dos movimentos de inclinação pode ser outro componente útil em uma bateria de diagnóstico para detecção pré-diagnóstica de parkinsonismo”. Apesar disso, recomendam análises futuras para aprofundar os resultados. “Os trabalhos futuros deverão procurar aumentar a sensibilidade e a especificidade dos modelos de aprendizagem automática, avançando para ferramentas de rastreio mais eficientes e clinicamente relevantes”, destacam.


















