A polícia prendeu um homem acusado de ser o mentor do assassinato de um prefeito popular no México.
O prefeito de Urupan, Carlos Manzo, foi baleado e morto durante um evento público que marcava o Dia dos Mortos, em 1º de novembro.
Manzo foi um crítico ferrenho da violência dos cartéis no seu estado natal, Michoacán, e o seu assassinato gerou protestos generalizados.
O ministro da Segurança do México disse que o homem suspeito de ordenar o seu assassinato tinha ligações com o poderoso cartel Jalisco New Generation (CJNG).
“Esta prisão representa um passo importante no desmantelamento da estrutura criminosa responsável por este ataque”, disse o ministro da Segurança, Omar García Harfuch.
Ele não disse qual poderia ser o possível motivo do ataque, mas as autoridades locais no México são frequentemente alvo de gangues criminosas por não cumprirem suas ordens.
García Harfuch disse que o suspeito, que identificou como Jorge Amando, omitindo o sobrenome, ordenou o ataque fatal a Carlos Manzo.
Ele disse que Jorge Amando, também conhecido como O Graduado, se comunicou com os autores dos assassinatos por meio do WhatsApp.
Segundo o policial, o graduado pressionou seus homens a atirarem em Manjo mesmo que ele estivesse cercado de gente.
O prefeito de 40 anos estava participando de uma cerimônia do Dia dos Mortos – que homenageia familiares e amigos do falecido – com seus parentes quando foi baleado sete vezes, fazendo com que os curiosos corressem para se proteger.
Manjo falou publicamente sobre como os produtores de abacate da região estão sendo extorquidos e ameaçados por grupos criminosos.
Ele também exigiu que o governo federal do México, liderado pela presidente Claudia Sheinbaum, fizesse mais para controlar os cartéis em grande parte do estado.
O cartel Jalisco New Generation, que o ministro da segurança do México culpou pelo ataque a Manzo, está envolvido no tráfico de drogas, bem como em sequestros para resgate e extorsão.
Também é notório por ter como alvo funcionários do governo que se recusam a cumprir as suas ordens.
Embora o CJNG seja considerado o mais poderoso dos grupos criminosos que operam em Michoacán, existem muitos outros, e a sua luta pelo controlo das rotas de contrabando de drogas, armas e combustível muitas vezes se transforma em confrontos mortais.
A morte de Manjo desencadeou protestos massivos.
Num grande comício na Cidade do México no fim de semana passado, muitos manifestantes carregavam cartazes com fotos do prefeito, enquanto outros seguravam faixas com os dizeres “Somos todos Carlos Manzo”.
Alguns manifestantes entraram em confronto com a polícia na praça Zócalo, no centro do México.


















