MOSCOU – O presidente da Duma Estatal da Rússia, a câmara baixa do parlamento, acusou na sexta-feira a OTAN de ser parte de uma ação militar na Ucrânia, sugerindo que ela já estava fortemente envolvida na tomada de decisões militares.
Os comentários, feitos por Vyacheslav Volodin, um aliado próximo do presidente Vladimir Putin, ocorreram um dia após Putin alertar que o Ocidente estaria lutando diretamente com a Rússia se permitisse que a Ucrânia atacasse território russo com mísseis de longo alcance de fabricação ocidental, uma medida que, segundo ele, alteraria a natureza do conflito.
Volodin, que não fez referência a evidências documentais para apoiar suas afirmações, acusou a aliança militar liderada pelos EUA de ajudar a Ucrânia a escolher quais cidades russas atacar, de concordar com ações militares específicas e de dar ordens a Kiev.
“Os Estados Unidos, a Alemanha, a Grã-Bretanha e a França estão discutindo a possibilidade de ataques (pela Ucrânia) usando armas de longo alcance no território do nosso país. Isso não passa de uma tentativa de camuflar e ocultar sua participação direta em ações militares”, escreveu Volodin em seu canal oficial do Telegram.
“Na verdade, os Estados Unidos e seus aliados estão tentando se dar permissão para realizar atos de agressão com mísseis contra a Rússia.”
Ele disse que o uso de conselheiros e instrutores da OTAN na Ucrânia agora foi complementado pelo que ele chamou de mercenários e falou de unidades inteiras armadas com armamento da OTAN.
A Reuters não conseguiu confirmar suas afirmações de forma independente.
“Eles (o pessoal da OTAN) determinam quais cidades em nosso país serão atacadas, coordenam ações militares e dão ordens. A OTAN se tornou participante de ações militares na Ucrânia. Eles estão travando guerra em nosso país”, disse Volodin. REUTERS