Familiares e amigos dos detidos realizam protestos e vigílias há semanas pedindo a sua libertação antes do Natal. Protestos na Venezuela após anúncio da reeleição de Maduro Reuters/Samir Aponte 956 das mais de 2.400 pessoas detidas durante protestos contra a contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro em julho foram libertadas antes do Natal na Venezuela, informou o Ministério de Relações Públicas (MP) venezuelano nesta segunda-feira (23), 223 Após anunciar o novo lançamento. ✅ Clique aqui para acompanhar o canal de notícias internacional g1 no WhatsApp “Ao longo de hoje, em coordenação com o tribunal criminal, foi analisado um novo conjunto de processos”, afirmou, em comunicado, o MP, que lançou a revisão penitenciária no mês passado. Na manhã de segunda-feira foram emitidas 177 libertações e ao longo da tarde, 46, elevando o número para “956 libertações realizadas no âmbito do devido processo garantido pela Constituição da República”. Familiares e amigos dos detidos realizam protestos e vigílias há semanas pedindo a sua libertação antes do Natal. Na sexta-feira (20), foram anunciados 200 lançamentos, somando 179 para a semana e mais de 300 desde novembro. Cerca de 1.000 dos libertados incluem adolescentes, embora as autoridades não tenham detalhado quantos. Ex-chefes de Estado e de Governo condenaram o ataque armado à embaixada argentina em Caracas. A ONG Foro Penal, que protege “presos políticos”, contava cerca de 330 até sexta-feira e continua a aumentar. A organização registrou a prisão de 164 adolescentes como parte dos protestos e, segundo seus registros, a maioria dos liberados tinha medidas cautelares. Mais de 2.400 pessoas detidas poucas horas após a vitória de Maduro num terceiro mandato de seis anos foram acusadas de terrorismo, incitação ao ódio e levadas para prisões de segurança máxima. Os protestos foram realizados depois de a oposição, liderada por María Corina Machado, ter garantido que o seu candidato Edmundo González tinha vencido as eleições e não Maduro, cuja vitória não foi reconhecida pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por vários países latino-americanos. Segundo familiares e ONGs, muitos dos que denunciaram os maus tratos e a tortura foram presos sem mandado de prisão. Três dos detidos – de 36, 43 e 44 anos – morreram sob custódia das autoridades. Familiares também relataram tentativas de suicídio. 28 pessoas morreram e quase 200 ficaram feridas nos protestos.

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