Designados para a mesma sala em Criciúma, os irmãos conversaram e perceberam uma história comum. Foi quando foi descoberto. Após 56 anos, irmãos se reencontram enquanto estavam internados em SC Em uma coincidência marcante, dois irmãos se conheceram este mês dentro de um hospital em Crisciúma, no sul de Santa Catarina, após 56 anos sem contato. Maria da Silva, de Luzeni, de 56 anos, e Severino Estevam, de 68, meio-irmão do pai, foram alocados no mesmo quarto da unidade hospitalar no dia 2 de outubro. Durante a conversa, eles descobriram que suas histórias tinham muitas semelhanças. ✅Clique e acompanhe o canal g1 SC do WhatsApp da comerciante Lusenir com o marido, que passou por uma cirurgia e está internado na unidade de internação do Hospital Unimed. Severino, funcionário público aposentado, já estava lá, acompanhado da esposa e se recuperando de período na UTI. Com a cortina que divide o quarto ainda fechada, o casal começou a conversar. “Meu marido e Severino conversaram sobre onde moraram, onde cresceram, é uma coincidência que todos viemos de Araranguá. Conversaram sobre a Praia da Caçamba, Arroio do Silva, Lagoa do Caverá, onde minha família morava, e todos esses lugares que Severino conhecia. Foi aí que eu falei ‘sou filha do Pedro Miguel, você conhece ele?’”, conta Lucenire. Severino entendeu imediatamente com quem estavam conversando, mas sinalizou para sua esposa Jusélia Estevam não falar nada. Conhecendo toda a história de vida do marido, ela não resistiu e ajudou a aproximar a família, chamando Lusenir até a região onde estavam. “No começo fiquei tranquila, muito surpresa, mas depois resolvi falar: ‘Vem cá então, esse é seu irmão, filho do Pedro Miguel também’. Precisava aproveitar essa oportunidade”, lembra Jusélia. Maria da Silva e Severino Estevam de Luceni UNIMED/DIVULGAÇÃO Naquele momento Luceni foi até a cama de Severino e segurou sua mão. Os dois se abraçaram pela primeira vez em 56 anos, o mais novo de seis irmãos. “Sempre soubemos que tínhamos um irmão, mas não éramos próximos, era uma coisa de família, mas sempre nos perguntamos como ele era, como ele cresceu”. O comerciante conta que já conversaram até a morte do irmão. “Então é uma sensação ótima saber que ele está vivo, que tem uma família maravilhosa e que agora é nossa família”, continuou. Severino diz que recebeu um presente. “Ele se aproximou e me abraçou. É uma sensação maravilhosa, é como uma joia que você perdeu e encontrou.”