App Store James Yarema/Unsplash Apple deve permitir que usuários de iPhone comprem e baixem aplicativos de lojas rivais para a App Store, informou nesta terça-feira (23) o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CAD). A decisão faz parte de um processo administrativo em que o órgão investiga denúncias de práticas anticompetitivas no ecossistema iOS, sistema operacional da Apple (saiba mais abaixo). A decisão foi tomada depois que a Apple propôs um Termo de Compromisso de Cessação (TCC), um acordo onde as empresas concordam em interromper práticas que levantem suspeitas de comportamento anticompetitivo. Nesta terça-feira, o Tribunal do Cad formou maioria para aprovar a moção da Apple. Após a aprovação, o processo ficará suspenso até que a empresa cumpra com suas obrigações. ❓O que vai acontecer agora? Com o acordo, aplicativos iOS poderão realizar transações financeiras no Brasil utilizando uma alternativa ao sistema de pagamentos da Apple. As duas opções devem ser exibidas aos usuários lado a lado. A Apple terá até 105 dias para implementar as mudanças. Depois disso, as regras valerão por três anos após a entrada em vigor dos novos termos da empresa para desenvolvedores. Ainda segundo o Cade, as condições poderão ser modificadas caso fique comprovado que as medidas não estão atingindo o objetivo de promover a concorrência. Caso surjam novas situações, os avisos devem ser neutros e não interromper a experiência dos utilizadores. O acordo também estabelece a estrutura de taxas cobradas pela Apple e prevê medidas para mitigar riscos relacionados às crianças. Processo contra a Apple Uma investigação sobre a Apple começou em dezembro de 2022, após uma denúncia do Mercado Lever que alegava abuso de posição dominante na distribuição de aplicativos para iPhone. Em novembro de 2024, a Superintendência Geral do Cade instaurou um processo administrativo e impôs uma medida preventiva que obrigou a Apple a permitir que desenvolvedores e usuários escolhessem outros métodos de pagamento para compras no aplicativo. Em maio de 2025, o Tribunal do CAD analisou o recurso da Apple, mas manteve a medida preventiva. Em junho de 2025, a Superintendência Geral do CAD recomendou a condenação da Apple após revelar um conjunto de medidas restritivas relacionadas à venda de conteúdo digital dentro do ecossistema Apple. Em julho de 2025, a Apple iniciou um processo de liquidação, suspendendo assim o prazo para cumprimento das medidas preventivas. Agora que o acordo foi aprovado, a Apple deve encerrar os processos judiciais que buscavam anular as medidas antitruste do CAD. Em caso de descumprimento integral do acordo, a Apple poderá ser multada em até R$ 150 milhões e o Cade poderá retomar as investigações e medidas preventivas.

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