Anna Schurman toca a sinfonia do universo Se o universo fosse uma música, como seria? A cantora, modelo e compositora clássica Anna Schurmann, de Florianópolis, buscou essa resposta ao lado de pesquisadores que se dedicam ao estudo das ondas gravitacionais. Juntos, eles criaram o que chamaram de “a primeira sinfonia do universo”. Com base em análises profundas, o grupo converteu os sinais de ondas gravitacionais detectados pelo observatório especial em uma composição para ser tocada no piano. The Harmonic Universe (Chirp Symphony), música de Anna on the Keys, foi lançada em 11 de novembro (ouça acima). ✅Clique e acompanhe o canal g1 SC no WhatsApp O físico Cassius de Mello, professor da Universidade Federal de Afonso e o doutorando Regili Pimenta pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) disseram que encontraram neste desafio uma forma de divulgação científica. ➡️ Fazem parte do LIGO/Virgo/KAGRA, uma colaboração internacional que reúne pesquisadores comprometidos com a detecção de ondas usando instrumentos altamente sensíveis capazes de capturar pequenas vibrações no espaço causadas por eventos cósmicos. Anna Schurmann, de Florianópolis, tentou entender como seria uma “sinfonia do universo”. O arquivo pessoal brasileiro que aparece no currículo da Forbes Anna Schurman também está repleto de destaques. Trabalhou como modelo para marcas como Dior e Calvin Klein e, em 2021, alcançou a primeira posição do pódio dos lançamentos mais ouvidos na Itália com Whitkeys. Em 2023, foi incluído na lista Under 30 da Forbes, que reconhece os jovens mais promissores do Brasil. “Onde um grande artista (nascido em Florianópolis) que toca música e compõe pop conversaria com cientistas do LIGO/Virgo e do ITA? Físicos, doutores… Quando na vida isso acontece? Regiley Pimenta, Ana Schurmann e Cássius de Melo trabalharam juntos para criar a ‘primeira sinfonia do universo’ O projeto do processo de videochamada/reprodução que Ana criou sozinha. Inquieto e com uma curiosidade autodidata insaciável, ele próprio começou a estudar espectrogramas, que são representações visuais do som (ou de qualquer sinal) ao longo do tempo. Então surgiu a questão: Como converter dados de ondas gravitacionais em música? 🔎 Uma onda gravitacional é uma ondulação invisível e incrivelmente rápida no espaço. Segundo Cassius de Mello, “É uma vibração tão pequena que é menor que um próton. Então, estamos falando de detectar algo que é subatômico. Muito difícil, muito sensível”. Segundo o professor, a transferência foi possível porque as ondas gravitacionais têm propriedades semelhantes às da música: têm frequência, tempo e propagação por um meio. ➡️ Os pesquisadores analisaram as ondas de um banco de dados de acesso aberto do LIGO/Virgo/KAGRA, uma rede internacional e avançada de detectores de ondas gravitacionais. Eles dividiram as observações em fases: 12 de setembro de 2015 a 19 de janeiro de 2016 30 de novembro de 2016 a 25 de agosto de 2017 1 de abril de 2019 a 1 de outubro de 2019 ➡️ As etapas foram as seguintes: Ondas gravitacionais foram detectadas; Chegaram ao observatório como uma tabela de tensão-tempo (deformação é a amplitude que a onda atinge); As tabelas foram convertidas em espectrogramas; Os pesquisadores pegaram o redshift (frequência de pico) dos eventos e os sonificaram; Redshift determina a ordem cronológica dos eventos; A partir das três observações verificou-se qual foi o evento mais harmônico, em ordem cronológica, e qual foi o evento mais importante dentro do campo harmônico. Durante sua análise da ‘sinfonia do universo’ na invenção de arquivo gráfico pessoal G1, Cassius explicou que outros estudos já haviam convertido ondas gravitacionais em som, mas de forma literal — convertendo frequências diretamente observadas em frequências sonoras idênticas, que não soavam como o ouvido humano. “Descobrimos uma maneira de traduzir as frequências das ondas gravitacionais em acordes e complementar esses acordes usando a teoria de campos harmônicos para preencher o som. Também usamos as informações que tínhamos sobre a posição dessas ondas gravitacionais no céu, a que distância elas chegaram, para saber quando aquele acorde entraria no contexto da música”. Enfim, depois de compor essas informações com um algoritmo, restava ler a partitura e, com o toque do artista, trazê-la para tocar a música pela primeira vez. Com quase 500 composições de todo o mundo, do comercial ao clássico, Anna diz que este foi o seu trabalho mais profundo e desafiador. “Eu estava tão animada que fiquei com medo”, ela admite. “Eu pensei: ‘O que vou tocar?’ Quando começo a ouvi-la, me sinto muito diferente, porque começo a pensar: ‘Eu nunca esperaria que essa nota combinasse com aquela’. A primeira coisa que me veio à mente foi: ‘Este bilhete é real? Esse universo está em meio aos acontecimentos?”” Agora ela planeja lançar um álbum inteiramente baseado nas pesquisas científicas que desenvolveu, com palavras que dialogam com a natureza, a dança e o universo. Vídeo: G1 SC mais visto nos últimos 7 dias

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