JOANESBURGO, 11 Dez – Um comité da Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na quarta-feira um projecto de lei para renovar o programa comercial preferencial de Washington para África por mais três anos, mas não houve menção imediata à exclusão da África do Sul, o que o enviado comercial dos EUA disse ser possível.
A Lei de Crescimento e Oportunidades para África (AGOA), uma lei promulgada pela primeira vez em 2000 para fornecer aos países e produtos subsarianos alvo acesso isento de impostos ao mercado dos EUA, expira em Setembro, estimando-se que centenas de milhares de empregos africanos dependam dela.
O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, disse na terça-feira que a administração Trump está aberta a uma prorrogação de um ano, mas poderia excluir a África do Sul como uma “questão única”.
O Comitê de Meios e Meios da Câmara dos EUA aprovou a Lei de Extensão da AGOA por uma votação de 37 votos a 3, disse um comunicado do comitê, chamando a iniciativa comercial de “uma pedra angular da relação econômica entre os Estados Unidos e os países da África Subsaariana”.
“Se a AGOA caducar por um período prolongado, potências malignas como a China e a Rússia tentarão preencher o vazio”, acrescenta o comunicado.
Espera-se que o projeto seja aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados, mas ainda não está claro quando será considerado.
África do Sul luta para permanecer em Agoa
O Departamento de Comércio da África do Sul disse que está a fazer tudo o que pode para garantir que o país seja incluído na extensão da AGOA, apesar da deterioração nas relações com os Estados Unidos durante o segundo mandato do Presidente Trump.
O Presidente Trump criticou as políticas para abordar a desigualdade racial na maior economia de África, e o responsável comercial Greer disse que as tarifas e as barreiras não tarifárias sobre os produtos dos EUA precisariam de ser reduzidas para reduzir as tarifas de 30% que os EUA impuseram aos produtos sul-africanos em Agosto.
A África do Sul alega que a administração Trump impôs as tarifas com base numa visão imprecisa do comércio dos dois países.
Um porta-voz do Departamento de Comércio disse que a África do Sul estava a acompanhar de perto o progresso da Lei de Extensão da AGOA. Reuters


















