A iniciativa foi publicada no último edital do Exame Nacional de Residência, da Ebserh. Pela decisão, 30% das vagas serão reservadas para negros, tribais, quilombolas e pessoas com necessidades especiais. Médico se prepara para cirurgia, foto de arquivo Freepik/Reprodução Conselho Federal de Medicina (CFM) exige contra decisão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) de reservar 30% de vagas de residência médica para pacientes negros, indígenas, quilombolas e especiais ✅ Canal g1 DF no WhatsApp Clique aqui para acompanhar. A defesa da cota foi publicada no último edital do Exame Nacional de Residência (Enare) da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Segundo o CFM, o processo “reverteria a discriminação, pois as potenciais disparidades seriam equalizadas pela entrada de grupos menos favorecidos na faculdade de medicina”. Segundo nota publicada no dia 30, o CFM diz reconhecer a importância dos princípios das ações afirmativas, mas eles não se aplicam aos processos de ingresso nas residências médicas. O Conselho Federal de Medicina afirma: “Esse privilégio que a Ebser inaugurou e outros serviços estão seguindo incentivará a percepção de vantagem indevida dentro da profissão médica”. Ao G1, um residente médico que preferiu não ser identificado disse discordar da afirmação do CFM, mesmo sendo a maioria da comunidade médica que reside com consentimento. Para ele, é errado pensar que todos têm oportunidades iguais de educação e trabalho. “As pessoas que usam princípios positivos vêm de uma realidade social que não é de privilégios. No meu caso, na mesma época em que estudava para a residência, tive que trabalhar para sustentar minha família e pagar meu FIES”, diz o médico que, por ser pardo, cotista. Após a manifestação do CFM, Ebserh reiterou a decisão e destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia declarado a constitucionalidade das ações afirmativas. “É fundamental ressaltar que as ações afirmativas promovidas pela Ener não se referem a violações de privilégio ou de igualdade, mas sim a instrumentos de equidade para corrigir reparações históricas e desigualdades estruturais”, afirma a empresa (ver nota completa abaixo). O CFM afirma que “A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) lançou edital para reservar 30% de vagas no Exame Nacional de Residência (Enare) para negros, indígenas, quilombolas e portadores de necessidades especiais. . Criação de cotas para as respectivas residências O CFM argumenta que esse processo criaria uma discriminação reversa, porque as potenciais disparidades seriam equalizadas pelas admissões na faculdade de medicina para grupos menos favorecidos. Que a seleção para a residência médica não é como uma competição por cargos públicos, o CFM reconhece a importância. de acção afirmativa para implementar o princípio da equidade, mas entendem que não se candidatam à admissão em cursos de medicina através de quotas. Os negros, os aborígenes e aqueles com necessidades especiais tiveram acesso à mesma educação que outros pares numa vasta gama de países. concursos e fazer parte de categoria profissional relevante O registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) significa que todos são médicos e não há lacunas de conhecimento que justifiquem tratamento diferenciado para alguns. Essa facilidade de ingresso na residência médica pelo sistema de cotas, inaugurada pelo Ibsar e acompanhada por outros serviços, estimulará a percepção de vantagem indevida na profissão médica. O que o CFM defende, e deveria fazer parte do rol de reivindicações de todos aqueles que desejam uma medicina brasileira de qualidade, é que a residência médica continue sendo o padrão ouro para a formação de especialistas, baseada no acesso a programas baseados em conhecimentos acadêmicos de mérito, por isso o CFM ajuizou ação nesse sentido ” O que diz Ebserh “O principal objetivo do Exame Nacional de Residência (Enare) é a ampliação e a democratização do acesso às vagas de residência médica, na área multidisciplinar e profissional da saúde brasileira. , o que está em consonância com os objetivos da República Federativa do Brasil, estabelecendo a reserva (cota) de vagas para acesso a grupos populacionais vulneráveis ​​compatíveis. Saiu na Constituição Federal. O Supremo Tribunal Federal já declarou a constitucionalidade das ações afirmativas, como a utilização de sistemas de reservas (cotas) baseados em critérios étnico-raciais na seleção de pessoas para ingressar no ensino superior. O objetivo de estabelecer reservas para vagas exclusivas com respaldo constitucional e legal é garantir que o acesso a programas residenciais reflita a diversidade demográfica do Brasil e contribua para um sistema de saúde mais inclusivo e equitativo. A existência de políticas de cotas para ingresso em universidades públicas não elimina, por si só, a profunda desigualdade social que ainda afeta o acesso às especialidades médicas, tendo em vista que muitos estudantes ainda enfrentam obstáculos adicionais ao tentar ingressar em programas de residência, onde há intensa concorrência e exames específicos. Altos custos associados à preparação. É crucial notar que as ações afirmativas promovidas na Ener não se referem a violações de privilégios ou de igualdade, mas sim a reparações históricas e instrumentos de equidade para corrigir desigualdades estruturais. Nesse sentido, a Ebserh, empresa estatal associada ao MEC, manifesta profunda discordância com as notas publicadas que questionam a inclusão de princípios positivos nos editais da Ener.” Leia mais: Decisão: Justiça suspende normas do CFM que obrigam médicos a utilizar plataforma Cerveja falsa para emissão de certificados: grupo é preso no DF por suspeita de adulteração de diversas marcas de bebidas g1 Leia mais notícias da região no DF.

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