Líderes indígenas em Belém deixam forte segurança para os povos indígenas fora da Zona Verde na COP 30 em Belém nesta quarta-feira (12) após a tentativa de Belém de ocupar a COP Zona Azul ter sido uma forma de exigir a participação indígena ativa nas negociações do evento. Também nesta quarta, o MPF informou que investiga o caso dos indígenas Mundurku que ficaram fora da Zona Verde do evento, área aberta ao público. Os portões ficaram fechados por cerca de trinta minutos à tarde e os tribais tiveram que deixar arcos e flechas na entrada – (veja vídeo acima). Para o cacique Gilson Tupinamba, a comunidade indígena não quer a secessão. O grupo disse que, embora uma parte dos povos indígenas esteja na Zona Verde, a população original não tem representação na Zona Azul. “Foi uma tentativa de chamar a atenção para aquele lugar”, disse a liderança indígena Orisilia Arapiun. A COP 30 será a maior presença indígena da história com discurso inédito do Ministério dos Povos Indígenas (MPI). O governo federal estima que existam 5.000 cidades, das quais cerca de 700 são reconhecidas como áreas restritas da ONU, Zonas Azuis. A comunidade indígena do Baixo Tapajós exige participação ativa na COP 30 em Belém. Divulgação 📲 Acompanhe o canal do g1 Pará no WhatsApp 🌎 Veja tudo sobre a COP 30 aqui O Ministério Público Federal (MPF) iniciou nesta quarta-feira (12) um procedimento para investigar os motivos do bloqueio de um grupo Munduruku na Zona Verde da COP. Segundo o MPF, moradores de Munduruku estavam a caminho de um evento organizado pela entidade na Zona Verde quando seguranças os impediram de entrar. Segundo a agência, quando os portões foram fechados, crianças e idosos aguardavam sob o sol escaldante. A equipe de segurança disse que o distúrbio foi causado por tribos carregando arcos e flechas. O procurador regional dos Direitos Civis do Pará, Sadi Machado, disse que o uso desses dispositivos é uma expressão cultural que deve ser respeitada. Ele disse ainda que vai exigir indenização dos indígenas da organização COP 30 pelo ocorrido. “Eles puderam entrar pacificamente, pois não representavam qualquer ameaça ou risco à segurança do local”, disse ele. Dia 3 da COP Reuters; AFP; Agenda Indígena da AP Durante coletiva de imprensa desta quarta-feira (12), o Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns, do Baixo Tapajós, afirmou que o grupo tem demandas específicas, como a demarcação de territórios e a participação ativa nas negociações da COP 30. A líder aborígene Margaret Maytapu explicou que a lei foi cumprida na última terça-feira (11): “Existimos, estamos aqui porque temos que dizer quem somos”. Para a mulher indígena, a agenda de eventos não compreende bem o que foi feito pelos indígenas. “Estas são as pessoas que tomam as decisões da nossa vida, por isso precisam conhecer a nossa realidade.” Manifestantes tentam entrar no pavilhão da COP 30 com entrada bloqueada No início da manhã, o portão principal, que leva diretamente à sala de conferências, foi fechado. Os visitantes foram aconselhados a entrar pela zona verde, mas muitos enfrentaram dificuldades e tiveram que esperar longos períodos de tempo. Apenas duas entradas estavam abertas até as 7h, criando uma enorme multidão do lado de fora. A entrada foi normalizada nesta manhã. Essas mudanças no esquema de acesso seguiram-se aos tumultos registrados na noite de terça-feira (11), quando cerca de 50 manifestantes da Marcha Global pela Saúde e pelo Clima, entre povos indígenas, movimentos sociais e estudantes, tentaram entrar na área restrita da COP. Protesto com principais notícias do Pará no vídeo da COP Anderson Coelho/Reuters g1 Acesse outras notícias do estado no Pará.

















