SEUL (Reuters) – A Coreia do Norte afirmou em 19 de dezembro que sua aliança militar com a Rússia está se mostrando “muito eficaz” na dissuasão dos Estados Unidos e de suas “forças vassalas”, denunciando uma recente declaração de Washington e aliados contra os laços crescentes entre Pyongyang e Moscou.
A Coreia do Norte não fez qualquer menção ao seu envolvimento na guerra na Ucrânia ou na pesadas baixas que suas tropas sofreram em combate na região de Kursk, segundo autoridades dos EUA e da Ucrânia.
Em vez disso, denunciou uma declaração dos Estados Unidos, de nove países e da União Europeia, emitida em 16 de Dezembro, como “distorcendo e caluniando a essência das relações normais de cooperação” entre o Norte e a Rússia.
Numa declaração de um porta-voz não identificado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Norte culpou Washington e os seus aliados por prolongarem a guerra ucraniana e desestabilizarem a situação de segurança na Europa e na Ásia-Pacífico.
“É por causa dos atos equivocados dos EUA e do Ocidente que persistem em sua política militar destrutiva de estruturas, orientada para a hegemonia e aventureira”, afirmou.
Mais de 10.000 soldados norte-coreanos foram destacados para ajudar a Rússia na guerra, segundo autoridades dos EUA e da Coreia do Sul.
Pyongyang também enviou mais de 10 mil contêineres com cartuchos de artilharia, foguetes antitanque, bem como obuses mecanizados e lançadores de foguetes.
Mas nem o Norte nem a Rússia reconheceram oficialmente o envio de tropas ou o fornecimento de armas.
Em 17 de dezembro, o principal comandante do exército da Ucrânia disse que a Rússia estava usando ativamente as tropas norte-coreanas na região de Kursk e sofrendo perdas significativas.
O presidente russo, Vladimir Putin, visitou Pyongyang em junho e assinou um tratado de “parceria estratégica abrangente” com o líder norte-coreano Kim Jong Un que incluiu um pacto de defesa mútua. REUTERS
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