
O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), coordenador de grupo de trabalho que discutiu reformas administrativas na Câmara, apresentou nesta sexta-feira (24) uma proposta de alteração da Constituição (PEC) sobre o assunto. A PEC agora deverá passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois por uma comissão especial antes de chegar ao plenário, onde deverá ser aprovada por pelo menos 308 deputados. O texto será então enviado ao Senado. “Esse texto contém 70 propostas. É um texto poderoso, complexo e é resultado de muita escuta da sociedade civil, da academia, dos sindicatos, dos servidores, dos poderes e dos governos, e do que achamos necessário para que possamos criar uma administração pública mais ágil, mais atual”. Deputados apresentam plano de reforma administrativa A reforma administrativa é uma das prioridades definidas pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discussão em 2025. “Os brasileiros atualizaram tudo: bancos, celulares, carros, métodos de trabalho. Além do pacote de reformas PEC, o pacote de reformas administrativas é composto por um projeto de lei complementar e um projeto de lei. Entre as mudanças propostas pelos parlamentares no pacote estão: ▶️ a criação de uma revisão anual de despesas pelo poder executivo inspirada na chamada “revisão de despesas” dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); ▶️ Estabelece novas regras para a realização de concursos públicos, limita o trabalho remoto e limita outros privilégios do serviço público, como licença de 60 dias; ▶️ propõe limitar a “execução”, estabelecendo dois critérios: ter caráter retributivo, destinado a compensar custos; e ser de natureza episódica, para que os pagamentos não se tornem regulares e permanentes; ▶️ As despesas com execução não poderão ultrapassar a variação inflacionária registrada no ano anterior; ▶️ Implementação de bônus por resultados, que pode ser concedido aos servidores que atingirem individualmente suas metas ou fizerem parte de uma organização que atinja os objetivos estabelecidos pela administração pública. “Não há nenhum ponto nesta proposta que tire os direitos dos servidores, o que afeta a estabilidade dos servidores. É uma proposta ambiciosa, que será coordenada e fruto de muitas discussões”, disse o parlamentar. O Coordenador das Reformas Administrativas, deputado Pedro Paulo, do PSD, também propôs o fim da reforma compulsória como sanção para infrações disciplinares dos Vice-Magistrados e membros do Ministério Público (MP). Segundo o texto, em caso de falta grave, deverá ser solicitada a perda do cargo ou a demissão. O texto também propõe a criação de tetos de gastos nos poderes Legislativo e Judiciário dos estados, municípios e distritos federais. Segundo o texto, esse limite será implementado a partir de 2027. “Essas medidas fortalecem a transparência, combatem as distorções salariais e reafirmam a supremacia do interesse público, alinhando o Brasil aos padrões internacionais de integridade no setor público”. A proposta também encerra uma série de instalações existentes. A possibilidade de afastamento superior a 30 dias termina entre eles, com exceção de professores e profissionais de saúde que trabalham com fatores de risco. “A continuidade dos benefícios sem respaldo às reais necessidades da administração pública – como adicional de tempo de serviço, licença gratificada, licença superior a 30 dias, desconto de licenças compensatórias, repartição pessoal de encargos jurídicos – onera o erário e mancha a imagem do serviço público”, explicou.


















