
O prefeito Aprizio levou um tiro no ombro após quebrar o vidro blindado de um carro. Reprodução/José Antonio Teixeira/Alesp/Arquivo Privado Um ano depois do caso, o tribunal começou nesta quarta-feira (12) a decidir se vai julgar o assassinato popular dos cinco réus acusados de envolvimento no falso atentado que feriu e quase matou o prefeito de Taboão da Serra. Eles também são responsáveis por adulteração de veículos, associações criminosas e lavagem de dinheiro. ✅ CLIQUE AQUI PARA SE INSCREVER NO CANAL g1 SP NO WHATSAPP Entre os cinco acusados, dois estão presos e três estão foragidos. A audiência será presencial e acontecerá no Fórum da Cidade a partir das 13h. Aprigio aparece como vítima no processo e será ouvido como testemunha. Atingido no ombro por um tiro de rifle. O caso ocorreu durante o período eleitoral de 18 de outubro de 2024 para escolher quem comandará a Prefeitura no próximo ano. Segundo a Polícia Civil, pessoas ligadas ao grupo político Aprizio planejaram um falso ataque contra o prefeito. Segundo o Ministério Público (MP), o objetivo era tentar impulsionar a sua candidatura, já que procurava a reeleição e recebeu menos votos que o seu rival na primeira volta. O promotor do caso, Juliano Atozzi, fez as denúncias. Segundo a denúncia, Gilmar de Jesus Santos, Odair Jr. de Santana e Jefferson Ferreira de Souza participaram da prática do crime. Ainda segundo o MP, foram recrutados por Anderson da Silva Moura, o “Gordão” e Clóvis Reyes de Oliveira, apontados como intermediários. Gilmer e Anderson foram presos. Odair, Jefferson e Clovis continuam foragidos. O g1 não conseguiu localizar a defesa dos réus para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem. Os cinco arguidos estão acusados de quatro crimes de tentativa de homicídio (com finalidade principal, recurso que dificulta a defesa das vítimas, utilização de arma de uso limitado e que coloca mais vidas em risco de perigo geral), adulteração de veículos e associação criminosa. Um dos acusados também foi acusado de lavagem de dinheiro. A polícia está tentando identificar quem está envolvido neste falso ataque. Segundo o Ministério Público, Gilmer, Odair, Anderson e Clovis receberão R$ 500 mil pelo falso ataque. Esse dinheiro será dividido entre eles. O próprio ex-prefeito Aprizio e três de suas secretárias na época estavam entre os suspeitos investigados pela polícia e pelos parlamentares por possivelmente serem os mentores do ataque fraudulento. Nenhum deles foi acusado de qualquer crime até agora no caso. O g1 buscou comentários da Secretaria de Segurança Pública (SSP) sobre o assunto e aguarda resposta. Quando soube do caso na delegacia de Taboo, no início de abril de 2025, Aprizio negou novamente envolvimento na falsa agressão contra ele. Como foi o crime O denunciante falou ao SP sobre o falso ataque ao prefeito de Taboão da Serra, dizendo que quem o contratou “queria um susto, mas um susto que a mídia iria levar” e que Aprizio tinha conhecimento do plano. Em troca, ele receberá uma pena reduzida se for condenado. g1 e Fantástico acessaram vídeo da denúncia (veja acima). Segundo a investigação, Gilmour e Odair foram os pistoleiros que usaram um fuzil AK-47 de fabricação russa para atirar no carro blindado que continha Aprizio, seu motorista, um cinegrafista e um secretário municipal. Eles dispararam seis tiros que perfuraram os vidros e a carroceria do carro. Duas balas atingiram a clavícula e o ombro esquerdo do político. O prefeito sobreviveu, foi internado e posteriormente deixou o hospital. Os demais ocupantes do veículo não ficaram feridos. O cinegrafista filmou Aprigio ferido e sangrando dentro do carro. Em menos de 30 minutos, a equipe do prefeito divulgou à imprensa um vídeo editado do ataque que viralizou nas redes sociais e virou notícia na mídia. Apesar da publicidade do caso, o prefeito não foi reeleito. Ele perdeu a luta para o Engenheiro Daniel (União Brasil). Segundo o MP, Jefferson foi o responsável por ajudar Gilmer e Odair na fuga. Cada um estava em um carro vermelho adulterado que foi incendiado para tentar apagar as marcas. O carro foi encontrado em Osasco, região metropolitana. Ainda segundo o MP, Anderson da Silva Moura, o “Gordão”, e Clóvis Reyes de Oliveira são intermediários que contrataram os algozes para os falsos ataques. Anderson também é culpado de lavagem de dinheiro. Ele está em prisão preventiva, mas negou envolvimento no caso. Clovis está fugindo e é procurado. Segundo o Ministério Público, Gilmer, Odair, Anderson e Clovis receberão R$ 500 mil pelo falso ataque. Esse dinheiro será dividido entre eles. Ataque Taboão da Serra: Denunciante revela detalhes de farsa com ex-prefeito Aprizio chegou a gravar vídeo de dentro do hospital para comentar tiro que atingiu seu ombro Reprodução/Arquivo Pessoal


















