BEIRUTE – O gabinete do presidente libanês anunciou no sábado que o Líbano apresentará uma queixa ao Conselho de Segurança das Nações Unidas contra Israel pela construção de um muro de concreto que se estende além da “Linha Azul” ao longo da fronteira sul do Líbano.

A Linha Azul é a linha no mapa das Nações Unidas que separa o Líbano de Israel e das Colinas de Golã ocupadas por Israel. Quando as forças israelitas deixaram o sul do Líbano em 2000, retiraram-se para a Linha Azul.

O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, disse na sexta-feira que o muro tornou mais de 4.000 metros quadrados (quase um acre) de território libanês inacessíveis aos residentes locais.

O gabinete do presidente libanês repetiu os seus comentários, dizendo numa declaração que a construção em curso de Israel constitui uma “violação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas e uma violação da soberania e integridade territorial do Líbano”.

Dujarric disse que a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) solicitou a remoção do muro.

Um porta-voz militar israelense negou na sexta-feira que o muro tivesse atravessado a Linha Azul.

“O muro faz parte de um programa mais amplo das Forças de Defesa de Israel, com construção começando em 2022”, disse o porta-voz, referindo-se às Forças de Defesa de Israel.

“Desde o início da guerra, como parte das lições aprendidas com ela, as Forças de Defesa de Israel avançaram uma série de medidas, incluindo o fortalecimento das barreiras físicas ao longo da fronteira norte”.

A UNIFIL foi fundada em 1978 e opera entre o Rio Litani, no norte, e a Linha Azul, no sul. A missão envolve mais de 10 mil soldados e cerca de 800 funcionários civis de 50 países, segundo o site. Reuters

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