Países debatem planos para reduzir o uso de combustíveis fósseis na COP30 Na conferência do clima em Belém, os países debateram nesta terça-feira (18) planos para reduzir o uso de energia produzida por petróleo, gás e carvão. Numa sala lotada e barulhenta, o secretário de segurança energética do Reino Unido disse que se tratava de uma questão que não podia ser varrida para debaixo do tapete. A questão é: o mundo precisa de um roteiro para abandonar os combustíveis fósseis. Mas, até à data, as COP não conseguiram resolver esta questão. O assunto nem sequer foi incluído na agenda oficial desta COP. O ministro do Meio Ambiente da Colômbia apresentou documento nesta terça-feira (18) e disse que os países produtores de petróleo sempre resistiram a incluir o tema na agenda governamental, mas espera que reconheçam que a sociedade está exigindo isso. Nos círculos científicos, existe um consenso de que as alterações climáticas não podem ser travadas sem uma saída dos combustíveis fósseis. Mas o consenso é mais fácil na ciência do que na política. Nas negociações da COP, o movimento nem sempre é claro e objetivo. Foi o Brasil quem apresentou nesta COP a ideia de criar um roteiro para os países fazerem a transição dos combustíveis fósseis. No momento do lançamento da carta pela Colômbia, 16 países haviam assinado o documento e o Brasil não estava entre eles. E nem se espera que o Brasil assine “esse” documento. Trata-se de um movimento diplomático em que o movimento da Colômbia permite que o tema entre na agenda. Nos bastidores, diplomatas dizem que o roteiro tem o apoio de mais de 80 países. O que não se conseguiu nos corredores foi o ministro do Ambiente alemão falar sobre a declaração do primeiro-ministro, que disse que os alemães estavam felizes por “sair de onde estávamos”, referindo-se a Belém. O ministro recorreu às redes sociais e escreveu em português: “O Brasil é um país maravilhoso, com um povo acolhedor e um bom anfitrião”. O presidente Lula também criticou o discurso do primeiro-ministro em evento no Tocantins. Em nota enviada ao canal alemão Deutsche Welle, o governo alemão disse que o primeiro-ministro lamenta não ter tido tempo de viajar às margens da Amazônia e aprender mais sobre a natureza fascinante da região, e descreveu o Brasil como um importante país parceiro. Voltando às conversas, nesta terça-feira (18), nos corredores da COP, foi possível sentir a tensão crescendo entre os jornalistas internacionais que buscam respostas; Entre os políticos que continuam sem lhes responder; Entre os negociadores que ficam até tarde nas reuniões. Faltam apenas três dias para a COP nos informar sobre o nosso potencial consenso e se vamos varrer alguma coisa para debaixo do tapete. Países na COP30 debatem planos para reduzir uso de combustíveis fósseis Reprodução/TV Globo Leia mais Termômetro COP30 #Dia 9: Progresso da Cúpula, seu pacote político e um vislumbre de esperança Vídeo da Cem COP: O que está em jogo para o futuro de Belém? Lula rejeita chanceler alemão e diz que Berlim não oferece 10% da qualidade de Belém: ‘Eu deveria ter dançado no Pará’

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