FRANKFURT – Dois navios de guerra alemães devem passar pelo sensível Estreito de Taiwan em meados de setembro, tornando-se os primeiros navios de guerra alemães a fazê-lo em 22 anos, informou a revista Spiegel em 7 de setembro.

A Reuters informou em agosto que os navios de guerra aguardavam ordens de Berlim para navegar pelo Estreito, o que levou Pequim a repreender a Alemanha.

O Spiegel citou fontes não especificadas dizendo que Pequim não seria formalmente notificada sobre a passagem dos navios alemães para enfatizar que Berlim vê a viagem como normal.

O Ministério da Defesa da Alemanha não quis comentar.

Embora os Estados Unidos e outras nações, incluindo o Canadá, tenham enviado navios de guerra pelo estreito nas últimas semanas, esta seria a primeira passagem da marinha alemã desde 2002.

A China reivindica soberania sobre Taiwan, governada democraticamente, e diz ter jurisdição sobre a hidrovia de quase 180 km de largura no meio do caminho.

Taiwan se opõe veementemente às reivindicações de soberania da China e diz que somente o povo da ilha pode decidir seu futuro.

O Estreito de Taiwan é uma importante rota comercial pela qual passam cerca de metade dos navios porta-contêineres do mundo, e tanto os EUA quanto Taiwan dizem que é uma hidrovia internacional.

O comandante do grupo de tarefas navais alemão, contra-almirante Axel Schulz, disse à Reuters em agosto que tal aprovação demonstraria o comprometimento da Alemanha com uma ordem baseada em regras e na solução pacífica de conflitos territoriais.

Os dois navios alemães estão participando de exercícios na região com França, Indonésia, Itália, Japão, Malásia, Cingapura, Filipinas e EUA.

As navegações de navios de guerra estrangeiros pela hidrovia são regularmente condenadas por Pequim, que diz que elas “prejudicam a paz e a estabilidade” na região.

A Alemanha, para a qual tanto a China quanto Taiwan são grandes parceiros comerciais, se juntou a outras nações ocidentais na expansão de sua presença militar na região em resposta às crescentes ambições territoriais de Pequim. REUTERS

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